Cidade do interior de SP enfrenta surto da doença mão-pé-boca; saiba os sintomas e como prevenir
Crianças menores de cinco anos são as mais afetadas pelo vírus, que pode passar para adultos
Cidade de Ocauçu, em SP, enfrenta surto da doença mão-pé-boca, afetando principalmente crianças menores de cinco anos, com 25 casos registrados; higiene e isolamento são essenciais para prevenção.
Mãos, pés e boca cheios de pequenas manchas e feridas vermelhas, febre e mal-estar. Esses são os sintomas da doença mão-pé-boca, que afeta principalmente crianças menores de cinco anos. A cidade de Ocauçu, no interior de São Paulo, enfrenta um surto da doença viral altamente contagiosa. De acordo com a prefeitura, 25 casos foram confirmados nos últimos 10 dias, todos registrados no início de setembro.
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A prefeitura informou, por meio de publicações nas redes sociais, que acompanha os casos e pede que os pais e responsáveis levem os pequenos com sintomas para receberem atendimento médico. Também foi destacada a importância de notificar o sistema de monitoramento de saúde sobre a situação, especialmente em creches, onde a transmissão é mais rápida.
O município de Ocauçu, que tem pouco mais de 4 mil habitantes, ainda orientou sobre a transmissão e reforçou a necessidade de manter os hábitos de higiene, além do cuidado nas trocas de fraldas. A seguir, entenda como age a doença e como prevenir.
O que é a doença
A doença mão-pé-boca (DMPB) é uma infecção viral comum em todo o mundo, causada principalmente pelo vírus Coxsackie A16, mas também por outros enterovírus. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela atinge com maior frequência crianças pequenas, abaixo de cinco anos, embora também possa afetar adolescentes e adultos.
Os principais sintomas incluem febre, mal-estar, perda de apetite e o aparecimento de lesões dolorosas na boca, amígdalas e faringe. As principais características são as erupções na boca, nas palmas das mãos e plantas dos pés --que podem ser do tipo papulovesicular ou maculopapular. Em alguns casos, também aparecem lesões nas nádegas, joelhos e cotovelos. As lesões geralmente cicatrizam em poucos dias sem deixar marcas.
Tratamento
Não existe um tratamento específico para a doença. Por isso, os pacientes devem tomar remédios apenas para o alívio dos sintomas, como antitérmicos e analgésicos, além de repouso e boa hidratação para auxiliar o sistema imunológico. A maioria dos casos evolui de forma leve e se resolve espontaneamente entre 7 e 10 dias.
Transmissão
A transmissão ocorre principalmente pelo contato com saliva, secreções respiratórias, fezes ou objetos contaminados. Mesmo após a recuperação, o vírus pode continuar sendo eliminado pelas fezes por até quatro semanas. Isso pode facilitar a disseminação da doença em ambientes frequentados por muitas pessoas, como creches, escolas e outros locais públicos.
Como prevenir
- Lavar bem as mãos e com frequência, especialmente antes das refeições e após o uso do banheiro ou a troca de fraldas
- Evitar contato físico próximo com pessoas infectadas, como abraços e beijos
- Cobrir a boca ao tossir ou espirrar
- Não compartilhar objetos de uso pessoal como copos, talheres, mamadeira e outros
- Higienizar roupas, brinquedos e superfícies corretamente
- Manter crianças doentes afastadas de creches e escolas até a melhora dos sintomas.