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Caso Faustão: é seguro fazer 2 transplantes de órgãos em intervalo de 6 meses?

Apresentador foi submetido a um transplante de rim ontem (26), seis meses depois do transplante de coração, feito em 27 de agosto de 2023

27 fev 2024 - 15h16
(atualizado às 16h44)
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Fausto Silva está se recuperando de um transplante de rim feito 6 meses depois do transplante de coração
Fausto Silva está se recuperando de um transplante de rim feito 6 meses depois do transplante de coração
Foto: Divulgação/Band

O apresentador Faustão, de 73 anos, precisou ser internado neste fim de semana e passou por uma cirurgia de transplante de rim na segunda-feira (26) no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A nota divulgada pelo hospital informa que a cirurgia ocorreu sem intercorrências e que ele segue em observação.

O procedimento acontece quase seis meses após Faustão receber um novo coração. No dia 27 de agosto do ano passado, após passar 21 dias internado, o apresentador, que estava na fila como prioridade pela gravidade do caso, realizou o transplante do órgão. 

De acordo com o G1, familiares do apresentador disseram que quando passou por um transplante de coração, os rins do apresentador já estavam comprometidos e ele estava passando por hemodiálise. Ele ficou na fila por um transplante de rim por dois meses.

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Para entender as nuances de mais de um procedimento de transplante de órgãos em tão pouco tempo, o Terra conversou com Eduardo Fernandes, cirurgião transplantador do Hospital São Lucas Copacabana.

O profissional destaca que o transplante, por si só, é uma cirurgia de alta complexidade que exige um tempo maior de recuperação e que o paciente tome medicamentos específicos para evitar a rejeição do novo órgão pelo organismo, que podem impactar negativamente o sistema imunológico.

“Por isso, pacientes que são submetidos à retransplantes ou transplantes combinados de outros órgãos em um intervalo curto podem estar com sua imunidade enfraquecida. Além disso, o paciente que passou por um transplante há pouco tempo pode estar com uma condição clínica nutricional também debilitada devido às limitações de sua recuperação”, conta o especialista. 

O médico diz que a equipe médica e multidisciplinar que acompanha o paciente, seja para retransplante do mesmo órgão ou para um novo órgão em outra área do corpo, precisa estar atenta à essas questões de saúde para evitar que o paciente esteja em uma condição muito debilitada no momento de passar novamente por esse procedimento.  

Quanto ao transplante de rim, ao qual o apresentador foi submetido, o médico revela que é um transplante mais simples em comparação ao transplante de coração, então os pacientes tendem a conseguir recuperar a função renal quase que de forma imediata após o procedimento e muitos deles têm uma recuperação plena algum tempo após a cirurgia, com boa qualidade de vida.

Sobre o sucesso a longo prazo, Dr. Eduardo destaca que a grande mágica do transplante é retomar uma ou várias funções perdidas, devolvendo para o indivíduo uma qualidade de vida que ele não tinha antes do procedimento. 

“Hoje, com a medicina moderna, equipes multidisciplinares de alto nível e domínio das questões infecciosas, os pacientes que se submetem a retransplantes ou transplantes em um curto intervalo de tempo têm uma grande chance de viver vida normal e saudável”, conclui o especialista.

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Fonte: Redação Terra Você
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