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Anvisa já pensa em importar remdesivir usado nos EUA

Anvisa acompanha teste de remédio aplicado nos EUA contra covid-19 e já pensa em importação

1 mai 2020 - 20h11
(atualizado às 20h22)
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BRASÍLIA - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que vai acompanhar os estudos do medicamento remdesivir, que será testado em pacientes nos Estados Unidos.

Anvisa acompanha teste de remédio aplicado nos EUA contra covid-19 e já pensa em importação
Anvisa acompanha teste de remédio aplicado nos EUA contra covid-19 e já pensa em importação
Foto: Reuters

Por meio de nota, a agência reguladora declarou que está em contato com a fabricante do remdesivir no exterior, a empresa Gilead, para que possa ter acesso aos resultados da experiência.

O presidente Donald Trump disse nesta sexta-feira, 1º, que a farmacêutica Gilead recebeu uma autorização emergencial da agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA) para o uso de remdesivir. A agência declarou que se trata de um "importante avanço clínico".

Trump é um dos defensores entusiasmados da cloroquina, caminho seguido pelo presidente Jair Bolsonaro, apesar de a droga apresentar uma série de contraindicações e não ter seu resultado efetivamente comprovado.

A agência americana autorizou o uso do remdesivir nos Estados Unidos apenas para tratamento da doença em pacientes hospitalizados em estado grave. "Nos próximos dias, a Anvisa fará reunião com a fabricante para verificar o interesse e a viabilidade do fornecimento do medicamento no Brasil", declarou a Anvisa.

A Gilead, segundo a agência brasileira, tem vários ensaios clínicos em andamento para o remdesivir, com dados iniciais esperados nas próximas semanas. "Caso o benefício do medicamento se comprove, a Anvisa possui mecanismos, como anuência de uso em programa assistencial e priorização de registro, para garantir o acesso célere do medicamento à população."

O remdesivir não possui pedido de registro no Brasil. Até o momento, também não houve solicitação de anuência em pesquisa clínica com o medicamento. Até o momento não houve nenhuma solicitação de autorização de uso do medicamento por meio de Programas Assistenciais (Uso Compassivo e Acesso Expandido).

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