Adolescente é diagnosticada com malformação rara no crânio após pular de trampolim: ‘Dor insuportável’
Segundo Emily Cockerham, de 19 anos, era como se o cérebro dela estivesse ‘escorrendo’ para fora do crânio
Uma jovem britânica foi diagnosticada com uma malformação rara e sem cura no crânio após pular de trampolim quando ainda era pequena. Emily Cockerham, de 19 anos, de Devon, na Inglaterra, conta que, apesar de ser saudável de modo geral, lida com fortes dores de cabeça.
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Emily conta que tudo começou quando tinha apenas 7 anos. “Quando eu pulava no meu trampolim, percebi que estava tendo dores de cabeça depois de apenas 10 minutos brincando. Na época, eu achava que isso era normal, então eu não costumava reclamar da minha dor de cabeça para meus pais – então, infelizmente, eles não estavam cientes dos meus primeiros sinais”, explicou em entrevista ao jornal britânico The Mirror.
Ela disse que continuou sentindo sintomas leves, mas, quando fez 11 anos, o caso piorou. Antes ela sentia dores apenas na cabeça; depois, passaram a ser identificadas também no pescoço e nos ombros. Por ser ativa nos esportes, os pais da jovem achavam que as dores eram de crescimento ou dos exercícios.
“Como uma tentativa de aliviar, tentei visitar um quiroprático e um osteopata, no entanto, isso só pareceu aumentar minha dor. Em 2020, aos 14 anos, comecei a sentir uma dor insuportável na parte de trás da cabeça e do pescoço, o que me fez perder frequentemente a escola e eventos com meus amigos”, relembrou.
As dores chegaram ao ponto de ela não conseguir sequer levantar da cama. Quando se levantava, desmaiava com o desconforto. No entanto, os exames que fazia não apontaram nenhuma irregularidade. Os médicos achavam que era um caso de enxaqueca.
Em 2021, um diagnóstico veio: malformação de Chiari. A doença faz com que a parte inferior do cérebro deslize para fora do buraco na base do crânio, empurrando para baixo o canal espinhal. Emily precisou passar por cirurgias no cérebro e na coluna.
“Eu estava em um ponto em que meus sintomas eram tão ruins que estava desesperada por alívio”, relembrou.
De acordo com ela, na cirurgia, um pedaço do crânio e parte superior da espinha foram removidos. Emily descreveu que, por um tempo, sentiu menos pressão e conseguiu voltar para a escola. Mas um ano depois do procedimento, os sintomas voltaram.
Dois anos depois, ela juntou dinheiro para o tratamento e passou por uma outra cirurgia, desta vez, na Espanha. “Felizmente, esta cirurgia impediu que minha condição piorasse e já começou a melhorar meus sintomas e dor”, detalhou.
"Atualmente não consigo trabalhar, o que é muito frustrante, pois não me sinto no controle dos meus ganhos e não me sinto tão independente quanto gostaria. Além disso, devido aos meus sintomas, ainda não consegui passar no meu teste de direção, pois só posso assistir às aulas quando me sinto bem o suficiente, o que não tem sido frequente o suficiente para aprender adequadamente”, disse.
Ela lamentou que perdeu muitas experiências de sua vida devido à doença e que se sente “atrasada” em relação aos amigos. No entanto, a jovem também disse que se sente otimista para o futuro e que, graças à última cirurgia, está conseguindo construir uma vida social.
“Sinto que finalmente estou recuperando tudo o que perdi, o que é um grande alívio para mim”, finalizou.