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Governo federal anuncia novas regras para transporte aéreo de animais após caso Joca

Joca faleceu durante o transporte aéreo pela Gol em abril deste ano; morte do golden levantou questionamentos sobre tratamento de pets

30 out 2024 - 19h06
(atualizado às 20h20)
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Na foto, Joca ao lado do seu tutor, João Fantazzini. Caso que investiga as causas da morte do pet foi arquivado.
Na foto, Joca ao lado do seu tutor, João Fantazzini. Caso que investiga as causas da morte do pet foi arquivado.
Foto: Reprodução/Instagram/@jfantazzini / Estadão

O governo federal apresentou, nesta quarta-feira, 30, um conjunto de diretrizes para aprimorar a segurança do transporte aéreo de animais domésticos, impulsionado pelo trágico caso de Joca, um golden retriever que faleceu enquanto era transportado pela Gollog, empresa ligada à companhia aérea Gol. O anúncio foi feito pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, em Brasília.

O novo plano, denominado Plano de Melhoria do Transporte Aéreo de Animais (PATA), estabelece medidas que visam garantir o bem-estar dos pets durante as viagens. Entre as principais diretrizes, estão a rastreabilidade dos animais ao longo do trajeto, um suporte veterinário disponível em aeroportos para situações emergenciais e a criação de um canal de comunicação direta com os tutores para esclarecer regras de transporte e fornecer atualizações sobre o status do voo.

Além disso, o plano prevê a disponibilização de dados trimestrais sobre o transporte de animais pelas companhias aéreas e a capacitação periódica das equipes.

As companhias aéreas têm um prazo de 30 dias para se adequar às novas regras, e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) poderá aplicar multas a empresas que não cumprirem as diretrizes. O ministro Silvio Costa Filho enfatizou a importância dessas mudanças, destacando que "o animal não pode ser visto como bagagem."

O caso de Joca gerou grande comoção em todo o País. Em abril, o cachorro foi enviado incorretamente para Fortaleza (CE) em vez de Sinop (MT), o que prolongou sua viagem de duas horas e meia para quase oito horas.

Infelizmente, João Fantazzini, tutor de Joca, encontrou seu animal sem vida ao chegar ao aeroporto. O episódio levou à formação de um grupo de trabalho que, desde agosto, coordena a padronização das regras para o transporte de animais, em parceria com a Anac e entidades de proteção animal.

"Isso me emociona bastante porque eu sei o quanto a realidade é diferente aqui no Brasil. Eu fico muito feliz, queria agradecer a todos que se empenharam para chegar nessa vitória", declarou João durante a cerimônia de apresentação das novas diretrizes.

Embora o Ministério Público de São Paulo tenha arquivado o inquérito sobre o caso de Joca em setembro, alegando falta de provas para uma acusação formal de maus-tratos, as novas diretrizes buscam evitar que tragédias semelhantes ocorram no futuro. O PATA é um passo na direção de garantir um transporte aéreo mais seguro e humano para os animais de estimação no Brasil.

As novas regras incluem:

  • Adoção de normas internacionais;
  • Implementação de sistemas de rastreabilidade;
  • Melhoria na comunicação entre companhias aéreas e tutores;
  • Treinamento contínuo das equipes;
  • Disponibilização de assistência veterinária em emergências;
  • Relatórios trimestrais sobre os transportes realizados.
Fonte: Redação Terra
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