Outubro e a saúde mental: o poder de olhar para dentro e transformar a dor em força
No mês da saúde mental, o livro "Encontre o Extraordinário em Meio às Cicatrizes" propõe uma jornada de sete passos para transformar a dor em força e autenticidade
O mês de outubro, em que se celebra o Dia Mundial da Saúde Mental, é um lembrete para desacelerar e olhar para dentro, uma vez que cuidar da saúde mental é um gesto de coragem, e impacta diretamente na forma como enfrentamos desafios, construímos relações e conduzimos a vida. Em meio à rotina acelerada, muitas vezes ignoramos nossas dores e feridas emocionais - mas são justamente elas que podem revelar nossa força e capacidade de transformação.
Obra aborda importância do autocuidado
Encarar o sofrimento não é simples, mas o autocuidado pode ser um aliado poderoso. Pequenas práticas diárias ajudam a fortalecer a paz interior, favorecendo o equilíbrio mental e, com o tempo, uma mente mais estável e serena.
Foi nesta direção que surgiu o livro "Encontre o Extraordinário em Meio às Cicatrizes", que apresenta o Método SOL (Sofrimento Obrigatório Liberta). Trata-se de uma jornada de sete passos para transformar a dor em força e autenticidade. O processo começa com o despertar da autoconsciência e o reconhecimento da criança interior ferida, permitindo observar emoções e traumas sem julgamento. A etapa seguinte, do perdão (a si mesmo e aos outros), traz leveza e abre espaço para a reconciliação.
O método também propõe o resgate da autoestima e da autoconfiança, com práticas de meditação, gratidão e afirmações positivas. Cada uma delas contribui para silenciar a mente, cultivar pensamentos construtivos e visualizar uma nova versão de si mesmo - mais alinhada, equilibrada e consciente.
Como surgiu a ideia?
Essas ações, quando incorporadas ao cotidiano, transformam o sofrimento em aprendizado e promovem autocompaixão e reconexão com o propósito de vida. Outubro é, portanto, um convite à continuidade desse olhar interno: a saúde mental não se resume a um mês, mas a uma prática diária de cuidado e presença.
A obra nasceu da minha própria trajetória de superação, onde vivi momentos de dor, ansiedade e recomeço. E foi através do autoconhecimento, da meditação e do acolhimento das minhas feridas que aprendi a ressignificar minha história. Hoje, depois de impactar mais de 15 mil pessoas em retiros, mentorias e cursos, sigo compartilhando ferramentas que unem espiritualidade, ciência e práticas terapêuticas voltadas à cura interior e ao desenvolvimento humano.
Neste mês da saúde mental, a mensagem é clara: toda dor pode ser transformadora quando acolhida com consciência. Cada cicatriz guarda um aprendizado, e cuidar da mente é o primeiro passo para uma vida mais plena, equilibrada e verdadeira.
*Por Fernanda Ester Machado