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O que é hepatite? Saiba tudo sobre a doença, sintomas e tratamentos

Além de ser uma doença que pode passar despercebida, ela também é transmissível e possui diversas variações

28 jul 2020 - 13h23
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Embora a estimativa feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2017, seja que 325 milhões de pessoas em todo o mundo convivam com a doença, muitos ainda não sabem o que é hepatite e suas variantes. Só no Brasil, em 2018, foram registrados 42.383 casos, de acordo com o Boletim Epidemiológico Hepatites Virais de 2019.

Consideradas um grave problema de saúde pública, as hepatites virais são doenças silenciosas, que podem demorar anos para provocar complicações no organismo, mas que, se não tratadas rapidamente, podem trazer consequências graves, como o câncer.

O que é hepatite?

A hepatite é uma inflamação do fígado, órgão vital do corpo humano, geralmente causada por vírus, mas que também pode ser provocada pelo abuso de álcool e outras substâncias, além de outros problemas de saúde crônicos.

Embora nem sempre esteja presente, um dos sinais mais aparentes da destruição das células hepáticas é a icterícia, gerando uma coloração amarelada da pele.

No geral, dados da OMS apontam que as hepatites virais causam anualmente 1,7 milhão de mortes no mundo. Os tipos mais comuns são as A, B e C, sendo o último a mais grave. Em 2018, foram notificados 26.167 casos de hepatite C no Brasil, com taxa de detecção de 13 casos por 100 mil habitantes, segundo Boletim.

Tipos

A

Transmitida por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados, sendo mais comum em crianças de 5 a 13 anos. Para evitar a transmissão, é necessário lavar bem os alimentos crus. Lavar as mãos após o uso do banheiro, antes do preparo das refeições e antes de se alimentar também é fundamental para se prevenir contra o vírus.

B

Transmitida por meio do sangue, da saliva com sangue, do sêmen, das secreções vaginais, de mãe para filho no parto, partilha de agulhas ou seringas infectadas, tatuagens, piercings e acupuntura, quando o material não é esterilizado. É um vírus resistente e mais fácil de transmitir do que o HIV.

C

As formas de contágio são semelhantes a do tipo B. A doença é transmitida por sangue contaminado, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos cortantes. Outra forma é da mãe para o bebê, durante o parto ou aleitamento.

D

A infecção ocorre quando o paciente já contraiu o vírus tipo B. As formas de contágio são as mesmas, assim como a vacina para o seu combate.

Grupos de risco

  • Toxicodependentes;
  • Portadores de VIH;
  • Quem recebeu sangue antes de 1992;
  • Quem fez interrupções voluntárias da gravidez;
  • Detentos e ex-detentos.

Sintomas

Por ser uma doença assintomática, o cansaço pode ser um dos primeiros sinais. Pode ainda existir febre, mal-estar, dor abdominal e nas articulações. Em determinadas situações, pode surgir icterícia (cor de pele ou olhos amarelados), a urina fica escura e as fezes mais claras.

Na hepatite C, só entre 25 a 30% das pessoas infectadas na fase aguda apresentam queixas que podem passar pela falta de forças, febre, perda de apetite, falta de concentração, ou problemas gastrintestinais. Por isso o acompanhamento médico é essencial.

Tratamento

Uma das frentes para o combate às hepatites é o diagnóstico por meio de testes rápidos no SUS. Existe tratamento para as formas crônicas, mas o conhecimento precoce da doença aumenta as chances de cura e controle.

Nas formas agudas das hepatites do tipo A, o tratamento é eficaz, sendo o índice de cura e eliminação do vírus bastante elevado. Já as formas agudas de hepatite tipos B, C e D não possuem tratamento.

Em contrapartida, é feito um controle dos sintomas por meio de medicação, repouso e certas atitudes preventivas. A ideia é controlar a doença e tomar medidas com o objetivo de impedir o aparecimento da cirrose e do câncer.

Os portadores do vírus devem evitar o sexo sem proteção e a partilha de seringas. A melhor forma, é evitar o contágio com sangue contaminado, não compartilhando escovas de dentes, lâminas, ou outros objetos pessoais.

Como agir após a contaminação

Para quem tem hepatite B e C, deve incluir todos os alimentos da pirâmide alimentar, afastando as frituras. Na fase mais avançada, é necessário evitar o sal e o álcool é desaconselhado. Outra parte essencial, é o convívio familiar e com amigos, que deve ser normal, afinal, ele não é transmitido pelo contato direto.

No caso da hepatite, o parceiro sexual também deve ser acompanhado periodicamente por um profissional e, se necessário, vacinar-se. Também não devem ser partilhados objetos que possam ter estado em contato com o sangue da pessoa infectada.

Alto Astral
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