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O que é a doença celíaca e como ela pode afetar a fertilidade? Descubra

A doença celíaca vai além do intestino: quando não controlada, pode afetar a fertilidade de mulheres e homens, além de gerar riscos na gestação

26 set 2025 - 14h49
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Nos últimos anos, o glúten passou a ser visto como um dos grandes vilões das dietas saudáveis. De fato, ele pode contribuir para processos inflamatórios do corpo, mas não merece a fama de inimigo absoluto para todas as pessoas. A exceção é para quem tem doença celíaca. Nesses casos, a ingestão de glúten não apenas gera sintomas digestivos, como pode também prejudicar funções importantes do organismo, incluindo a fertilidade.

Glúten e infertilidade: doença celíaca não controlada pode alterar hormônios, prejudicar óvulos e aumentar risco de aborto; entenda
Glúten e infertilidade: doença celíaca não controlada pode alterar hormônios, prejudicar óvulos e aumentar risco de aborto; entenda
Foto: Reprodução: Canva/AndreyPopov / Bons Fluidos

O que é a doença celíaca?

A doença celíaca é uma doença do aparelho digestivo e do sistema imune, que danifica o intestino delgado. Ela é desencadeada pela ingestão de alimentos que contêm glúten, e o problema central está na dificuldade de absorção de nutrientes. 

Ou seja, mesmo que a pessoa se alimente bem, o corpo não aproveita os nutrientes ingeridos. Os sinais podem aparecer desde cedo, ainda na infância, com sintomas como diarreia, prisão de ventre, perda de peso, anemia, estufamento, cólicas e dores abdominais. Também podem surgir lesões de pele, irritabilidade, aftas recorrentes, desgaste do esmalte dentário e até osteoporose.

Celíaca e infertilidade: qual a relação?

Quando não diagnosticada ou mal controlada, a doença celíaca pode gerar irregularidades no ciclo menstrual, episódios de amenorreia e até maior predisposição à endometriose. A deficiência de nutrientes como ferro, zinco, ácido fólico e vitaminas do complexo B, bastante comum entre pacientes celíacas, interfere na maturação dos folículos, na ovulação e na receptividade do endométrio. Além disso, a inflamação sistêmica típica da condição pode alterar o ambiente uterino e dificultar a implantação embrionária.

Outro aspecto relevante é a associação da celíaca com outras doenças autoimunes, como a tireoidite de Hashimoto, que também tem impacto negativo sobre a fertilidade. Por isso, especialistas defendem que a avaliação de mulheres com dificuldade de engravidar leve em conta condições imunológicas que possam coexistir.

Embora o foco muitas vezes recaia sobre a saúde feminina, os homens também não estão livres dos efeitos da doença celíaca. A condição pode afetar a função dos testículos e, assim, comprometer a produção de espermatozoides, dificultando a fertilidade masculina.

O papel da má absorção e da inflamação

Mas o que explica essa conexão? Os especialistas apontam dois fatores principais:

  • Déficit nutricional: a má absorção reduz níveis de ferro, ácido fólico, vitaminas do complexo B, vitamina K e outros nutrientes essenciais para o sistema reprodutivo;
  • Inflamação crônica: os anticorpos ativados pelo organismo celíaco podem interferir na fixação do embrião no útero e no funcionamento da placenta, aumentando taxas de abortamento e complicações gestacionais.

Dieta sem glúten: a chave do controle

A boa notícia é que, quando diagnosticada e controlada com uma dieta rigorosa sem glúten, a doença celíaca deixa de representar uma ameaça direta à fertilidade. Isso significa cortar pães, massas, bolachas, pizzas, cervejas e outros alimentos feitos com trigo, cevada e centeio, substituindo por versões naturalmente livres de glúten. 

No entanto, é fundamental acompanhamento nutricional, já que retirar esses alimentos pode levar a deficiências de magnésio, ferro, vitamina D, zinco, cálcio e vitaminas do complexo B - e a falta dessas vitaminas na gravidez atrapalham a nutrição do feto.

Diagnóstico precoce faz diferença

Muitos casos de infertilidade sem causa aparente podem estar relacionados a uma celíaca silenciosa. Por isso, especialistas defendem incluir a avaliação dessa doença nas investigações reprodutivas. O diagnóstico é feito por exames de sangue e confirmado por biópsia intestinal. Na prática, identificar cedo e adotar uma dieta sem glúten pode reverter alterações hormonais, restaurar a fertilidade e garantir maior qualidade de vida.

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