O que acontece no corpo quando há deficiência de zinco? Entenda
A falta de zinco pode causar queda de cabelo, baixa imunidade e cansaço; saiba como identificar os sinais e repor esse mineral essencial
Nem sempre lembrado, o zinco é um dos minerais mais importantes para o bom funcionamento do corpo humano - e a sua falta pode causar uma série de problemas que vão desde queda de cabelo até baixa imunidade. Embora a deficiência não seja muito comum, ela ainda afeta milhões de pessoas em todo o mundo e merece atenção.
O papel vital do zinco no organismo
O zinco participa de centenas de reações químicas no corpo e tem papel fundamental na formação das células de defesa, na cicatrização de feridas e na produção de colágeno, essencial para a pele e os cabelos. Além disso, ele influencia os sentidos do paladar e do olfato, contribuindo também para o metabolismo e para o equilíbrio hormonal.
Como o corpo não produz zinco, é preciso obtê-lo por meio da alimentação ou de suplementos. Boas fontes incluem carnes, frutos do mar (especialmente ostras), ovos, sementes e leguminosas.
Sinais de que pode estar faltando zinco
A deficiência de zinco pode se manifestar de forma sutil, mas os sintomas são importantes alertas. Entre os mais comuns estão:
- Queda de cabelo e unhas quebradiças;
- Feridas que demoram a cicatrizar;
- Fadiga e cansaço frequente;
- Infecções recorrentes e baixa imunidade;
- Manchas brancas nas unhas;
- Diminuição do paladar e do apetite;
- Lesões ou ressecamento da pele;
Esses sinais podem se confundir com os de outras condições, por isso é essencial buscar orientação médica para confirmar o diagnóstico por meio de exames.
Quem tem mais risco de deficiência?
Alguns grupos são mais suscetíveis à falta de zinco, entre eles:
- Veganos e vegetarianos, que consomem menos fontes animais do mineral;
- Gestantes e lactantes, devido ao aumento da demanda nutricional;
- Idosos, que podem apresentar menor absorção intestinal;
- Pessoas com doenças gastrointestinais, como síndrome do intestino irritável ou doença de Crohn;
- Pacientes bariátricos, já que a cirurgia pode interferir na absorção de nutrientes;
- Atletas, que perdem mais zinco pelo suor e pela urina durante os treinos intensos.
Causas mais comuns da deficiência
Além da alimentação inadequada, outros fatores podem contribuir para a carência do mineral, como o uso prolongado de anti-inflamatórios, desnutrição e doenças crônicas. O consumo excessivo de alimentos ricos em fitatos, presentes em grãos e cereais integrais, também pode reduzir a absorção do zinco. Deixar esses alimentos de molho antes do preparo ajuda a diminuir essa interferência.
Como repor o zinco naturalmente
A melhor forma de manter o equilíbrio é por meio de uma dieta variada e nutritiva. Os alimentos mais ricos em zinco são: ostras e frutos do mar, carne vermelha e frango, sementes de abóbora e castanha-de-caju, feijão, lentilha e grão-de-bico (sempre demolhados antes do preparo).
Nos casos em que a alimentação não é suficiente, a suplementação pode ser indicada, mas sempre com orientação médica. Vale ressaltar que o excesso de zinco também traz riscos, como náuseas, dores abdominais e deficiência de cobre. Se os sintomas persistirem ou houver suspeita de deficiência, o ideal é consultar um médico para avaliar os níveis de zinco no sangue e, se necessário, iniciar o tratamento adequado.