Hipertensão em animais é tema de palestra em feira no RJ
A PET Rio Expo, que começou nesta terça-feira (25) no Centro de Exposições SulAmérica, no Rio de Janeiro (RJ), contou com o Congresso Pet Rio, com a presença do médico veterinário Marcio Bernstein, da RenalPet, como palestrante, como destaque do dia.
Abordando os mais variados aspectos referentes à hipertensão e insuficiência renal em cães e gatos, o profissional esclareceu as causas, o diagnóstico e os mais novos e eficientes tratamentos da medicina veterinária para tais problemas, e conversou com a plataforma digital CachorroGato sobre o atual cenário do mercado pet.
Segundo Bernstein, o segmento da nefrologia (especialidade focada no tratamento de doenças do sistema urinário e rins) é um dos que apresentou os maiores avanços dentro do ramo da medicina veterinária na última década, abrindo portas para a presença cada vez maior de clínicas e hospitais do segmento pet que oferecem tratamentos eficientes para esse tipo de complicação, como a hemodiálise.
“Os métodos de diagnóstico também evoluíram muito nos últimos anos, e já é possível realizar tomografias computadorizadas em animais, que permitem um diagnóstico muito mais preciso em relação ao que era possível há 10 anos. Além disso, a presença cada vez maior de laboratórios dentro de clínicas veterinárias agiliza bastante a identificação e o tratamento de todo tipo de problema - trazendo mais benefícios para os animais e segurança para os proprietários”, comentou, durante a PET Rio Expo.
De acordo com ele, as técnicas cirúrgicas também passaram a exibir muito mais opções com essa evolução e, hoje, cirurgias impensáveis uma década atrás – como as do aparelho vascular e de coluna, por exemplo – são cada vez mais frequentes no mundo veterinário, além de bem sucedidas.
Além da atuação na medicina veterinária, Marcio Bernstein também trabalha com o uso da homeopatia e da acupuntura em seus pacientes pets, e deixa um alerta aos proprietários e profissionais. “A acupuntura e a homeopatia podem ajudar os animais em todo tipo de problema, no entanto, esse tipo de terapia jamais deve ser a única forma de tratamento adotada, o ideal é que sejam usadas apenas como coadjuvantes do tratamento alopático – funcionando como um auxílio adicional”, explica.
No que se refere ao mercado pet como um todo, Bernstein acredita que a variedade de produtos e rações terapêuticas do mercado são pontos positivos, assim como a facilidade de acesso dos proprietários a esse tipo de artigo, no entanto, a grande quantidade de faculdades de veterinária atuantes no País pode ser um ponto bastante negativo para a evolução do mercado.
“Enquanto, nos Estados Unidos, existem aproximadamente 26 universidades veterinárias, no Brasil esse número já passa de 180. E esse grande aumento de faculdades acaba prejudicando muito a qualidade dos profissionais, que se lançam no mercado de maneira cada vez mais despreparada para dar um bom atendimento aos animais”, conclui Marcio.