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Uso de citrato de clomifeno deve ter acompanhamento médico

23 ago 2012 - 09h16
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Quem enfrenta dificuldades para engravidar deve sempre se consultar com um médico antes de partir para algum medicamento, mesmo que ele seja visto como "milagroso" por algumas pessoas na internet. Esse é o caso do citrato de clomifeno, usado normalmente por ginecologistas ou especialista de clínicas de reprodução assistida como uma primeira etapa do tratamento de fertilidade. Embora muitas mulheres o utilizem por conta própria para aumentar as chances de engravidar, acreditando que o medicamento não traz maiores riscos, seu uso deve sempre ser feito acompanhado por um médico responsável.

O citrato de clomifeno é ministrado normalmente por ginecologistas ou especialistas de clínicas de reprodução assistida como uma primeira etapa do tratamento de fertilidade. Seu uso deve sempre ser acompanhado por um médico
O citrato de clomifeno é ministrado normalmente por ginecologistas ou especialistas de clínicas de reprodução assistida como uma primeira etapa do tratamento de fertilidade. Seu uso deve sempre ser acompanhado por um médico
Foto: Dreamstime / Terra


O remédio, consumido via oral, serve de estimulante à ovulação em mulheres que não ovulam ou o fazem raramente, como mulheres com síndrome dos ovários policísticos. Ele não é indicado, no entanto, para mulheres que têm como causa da falha ovulatória outras disfunções, como as da tireoide.



Também não é eficaz no tratamento de outras causas de dificuldades para engravidar. "A paciente que fizer o uso indevido do medicamente estaria apenas adiando a gravidez", afirma Alessandro Schuffner, diretor da Clínica Conceber, especializada em reprodução humana.



Outro problema do citrato de clomifeno é o risco de gestação de múltiplos (7,9% dos casos). O controle médico evita que isso aconteça. "Esse é o maior risco. Não estamos só falando de gêmeos. Podem ser três, quatro, cinco", comenta o especialista. Mesmo com os avanços tecnológicos da medicina, a gestação de múltiplos é de risco e muitas vezes está associada a pressão alta, diabetes, parto prematuro e complicações de parto.



O uso incorreto do remédio pode também ocasionar uma hiperestimulação ovariana. Nos casos mais leves, a doença leva ao aumento do ovário e traz dor abdominal. Mas também pode provocar vômitos, diarreia e, em casos mais raros, trombose. "Uma trombose numa veia importante pode ter sérias consequências, até mesmo uma trombose cerebral", diz o médico.



O medicamento também não é indicado para mulheres com cistos ovarianos. "O cisto pode aumentar. Não é um quadro tão importante, pode ser acompanhado pelo ultrassom. Mas o cisto pode dificultar a resposta à ovulação", afirma Alessandro.



Acompanhamento médico

Como muitos dos problemas que podem dificultar a gravidez não são resolvidos com o medicamento, o clomifeno nem sempre será indicado à paciente. Cabe ao médico avaliar se ele é adequado à condição da mulher. Ele também pode analisar se ela tem alguma contraindicação de uso do citrato de clomifeno.



Além da indicação, o médico avalia se a droga está sendo eficiente. Ele deve acompanhar o crescimento do óvulo por meio do ultrassom transvaginal. "Os dois fatores principais do ultrassom são avaliar se a resposta foi boa e quantos folículos cresceram com o remédio", explica o médico. Assim, é possível evitar a gestação de múltiplos.



Alessandro orienta que a paciente nunca faça o uso do medicamento sem orientação médica. "Já tive paciente que usava por conta própria e isso não pode ser feito. Ele deve ser utilizado para tratar um problema. O clomifeno resgata a chance normal de gravidez. Quem já tem chance de engravidar, não tem sentido usar", afirma.



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Fonte: Cross Content
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