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Toxoplasmose traz riscos para a saúde do feto

31 jul 2012 - 08h59
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A toxoplasmose, mais conhecida como a "doença do gato", é uma infecção causada pelo protozoário toxoplasma gondii. Os dois principais meios de contágio são fezes de gatos e carne vermelha crua ou mal passada. A doença ganhou foco na mídia, em julho, quando a imprensa latina anunciou que a cantora Shakira estaria grávida e com toxoplasmose. Em gestantes, a doença aumenta o risco de aborto nos três primeiros meses e pode causa má-formação fetal.

O teste que detecta a toxoplasmose é um dos primeiros exames pedidos pelo obstetra
O teste que detecta a toxoplasmose é um dos primeiros exames pedidos pelo obstetra
Foto: Dreamstime / Terra

Gestação e toxoplasmose

O teste que detecta a doença é um dos primeiros exames pedidos pelo obstetra, segundo Márcio Coslovsky, ginecologista e especialista em reprodução humana da clínica Primórdia, do Rio de Janeiro. Se a gestante for diagnosticada com a doença, a gravidez torna-se de risco e o bebê precisa ser muito bem monitorado.

Além do acompanhamento do feto, a mulher deve fazer tratamento com antibióticos para matar o protozoário. O ginecologista explica que o medicamento não garante que o parasita não vá chegar até o bebê, mas diminui as chances de que isso aconteça.

A doença só é importante para o feto quando está em atividade durante a gestação, ou seja, a mãe adquiriu a infecção depois de engravidar.

Riscos ao bebê

Os riscos que a toxoplasmose apresenta para o bebê mudam de acordo com o período da gestação. Os três primeiros meses, segundo Márcio, são os mais danosos ao feto e existem 15% de chances de o parasita chegar até ele. Caso isso aconteça, a propensão a aborto espontâneo é grande e a criança pode nascer com deficiência visual, corioretinite (inflamação da retina) ou encefalite.

Depois do primeiro trimestre da gestação, o perigo de contágio se torna maior, mas o risco para o bebê é menor. "Existem 60% de chances de o bebê ser contaminado pelo parasita. No entanto, os danos aos olhos e ao cérebro são mais amenos", explica o especialista.

Tratamento

Inicialmente, segundo ele, a mulher deve tomar um antibiótico mais fraco, permitido para gestantes. Por volta do quinto mês de gravidez, o médico deve pedir um exame para diagnosticar se o bebê foi afetado - ou não -pelo parasita. Caso o resultado seja positivo, o médico terá que trabalhar com drogas mais fortes para evitar sequelas para a criança. Se o teste for negativo, o antibiótico é mantido até o final da gestação.

Prevenção

O ideal é que a gestante fique longe de gatos durante os nove meses e não coma carne crua ou mal passada.

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Fonte: Cross Content
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