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Chefs Poletto e Atala abrem restaurante de comida brasileira

13 jan 2009 - 14h34
(atualizado às 16h21)
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Hoje é quase impossível falar com o chef Alex Atala parar saber como andam os últimos preparativos antes de abrir as portas do Dalva e Dito ao público.

» Veja fotos do restaurante



O novo restaurante, localizado também nos Jardins, onde fica o DOM (o outro estabelecimento de Atala), promete uma verdadeira revolução, não só gastronômica, mas também de infra-estrutura. Vale lembrar que o DOM é o único restaurante da América Latina a entrar na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo, segundo concurso realizado pela revista inglesa

Restaurant

.



E motivos para O Dalva e Dito (homenagem a estrela Dalva e São Benedito) ter o mesmo sucesso do DOM não faltam. O novo restaurante conta com estações separadas e ultra-equipadas de recepção e higienização de produtos. Sem falar na existência de um rotissoir, ou tevê de cachorro (aquela máquina de frango que existe na padaria pertinho da sua casa!), que anda provocando muitos burburinhos.



Na cozinha do grande empreendimento, o comando será do francês Alain Poletto, chef e sócio, que contará com a ajuda de 70 pessoas. Detalhe: no salão, serão mais 70 pessoas servindo.



Mas o que todo mundo quer realmente saber, quer dizer, experimentar, é o cardápio. A proposta dos dois chefs é levar à mesa do Dalva e Dito o bom e velho arroz com feijão, mas em uma versão modernizada. "Queremos servir o que as pessoas comem na casa da mãe, da avó, da sogra. Serão receitas familiares brasileiras", resume Atala.



Quem procura algo mais simples pode até ficar com as coxinhas e empadas servidas no bar. Outra pedida é experimentar o pernil de porco. "Levei o Alain aos estádios para conhecer a versão de pernil e ele aprovou", conta Atala. Mas a novidade é a maneira de como o pernil será servido. A carne será fatiada na frente do cliente por um trancher. Um mestre de cortes passará pelo salão e oferecerá as peças inteiras na mesa.



Depois de 22 meses de planejamento, orçamento de R$6 milhões e projeto assinado por Marcelo Rosembaum, Alex Atala e Alain Poletto finalmente, irão transformar clássicos brasileiros como o bom e velho arroz e feijão em verdadeiras obras-de-arte.



Em tempo: mesmo a mil por hora, Alex Atala conseguiu parar e falar cinco minutinhos com a equipe do TERRA. Confira um bate-papo informal com o chef, que já foi punk, DJ e até pintor de parede.



Terra - Como você está se sentindo perto de abrir as portas do Dalva e Dito?
Atala

- Com muito frio na barriga. As coisas estão todas encaminhadas, está tudo organizado, mas depois de 22 meses esperando por isso e nove anos depois da inauguração do DOM, a gente fica um pouco nervoso. Acho que é normal.

Terra - O que será servido na inauguração de hoje?
Atala - O cardápio hoje é informal. São canapés e os clássicos como pastéis, empadas, coxinhas. Hoje o Dalva e Dito recebe convidados e amanhã já estará aberto ao público.

Terra - O prato com arroz, feijão, carne e fritas é o velho e bom conhecido PF e tem preço popular. É possível transformar essa combinação em um prato sofisticado e cobrar mais caro por ele?
Atala - Caro é não receber. Aqui a referência será de comida familiar. Um bom arroz, feijão, farofa, batata. Será como a cozinha da mãe, avó, sogra, nona. Também teremos assados, filés, contrafilés. A pessoa irá escolher o acompanhamento. O ideal é ter alma na hora de cozinha. Esse ingrediente não pode faltar.

Terra - O que significa comer bem nos dias de hoje?
Atala - Passar um bom momento. É como comer em casas familiares. Sempre digo que é melhor comer mal com pessoas queridas ao lado do que comer bem com um chato.

Terra - Como é o Alex com 16 tatuagens, 2 piercings, ex-punk, ex-DJ e pintor de parede, que gosta de ouvir Ramones e o outro, concentrado, que adora criar pratos?
Atala - Todos nós temos nossas vidas particulares, momentos. Mas quando a história é trabalho tudo muda. Não levo minha vida particular para a cozinha. Quando estou lá é só para cozinhar.

Terra - Você adora destacar os ingredientes brasileiros. Qual é o do momento?
Atala - Adoro arroz, feijão, mandioca. Mas confesso que estou enfeitiçado pela priprioca. É uma raiz de versatilidade incrível e aroma herbáceo.Consegui extrair a essência e transformar o aroma em sabor.

Terra - O Alex Atala come fast food?
Atala - Sou um cara normal e quero continuar sendo. Domingo é dia de ficar com a família e eu como pizza e McDonald¿s, sim.

Terra - Você é visto pelas mulheres como um chef jovem e bonitão. Como lida com o assédio?
Atala: Eu não vejo assim não, sem hipocrisia! Até gostaria de saber disso (risos). Mas isso não parte do meu dia-a-dia. As pessoas estão abertas, mas se acontece, eu não vejo.

Terra - Você faz algum tipo de ritual hoje para dar sorte?
Atala - Não, nada especial. A nossa religião é o trabalho. Tivemos várias reuniões om toda a equipe, que não é só a do Dalva e Dito. O pessoal do DOM, de eventos, todos irão dar uma força para gente contagiar qualquer pessoa que passe pela porta.



Dalva e Dito. Local: Rua Padre João Manuel, 1.115, Jardins, tel: 0/xx/11/3062-6282 (seg. a qui., das 12h às 15h e das 19h à 0h; sex., das 12h às 15h e das 19h à 1h; sáb., das 12h à 1h; dom., das 12h às 23h. Amanhã abre para o público. Cartões de crédito: Visa e Master (crédito e débito). Manobrista no local: R$15. Entradas entre R$15 e R$24, menu executivo a R$47 (pernil de porco, frango e/ou contrafilé com arroz, feijão, couve, farofa, batata e salada), pratos principais entre R$68 e R$145 e sobremesas entre R$12 e R$18. Horários e preços sujeitos a mudanças.

Fonte: Redação Terra
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