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Desejo sexual feminino é tão voraz quanto o dos homens, diz autor

3 jun 2013 - 17h49
(atualizado às 17h49)
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<p>O livro mostra que as pesquisas na área do desejo feminino vêm sendo moldadas por estereótipos</p>
O livro mostra que as pesquisas na área do desejo feminino vêm sendo moldadas por estereótipos
Foto: Getty Images

Um novo livro chega ao mercado sem precedentes no que diz respeito à sexualidade feminina, rebatendo algumas teorias já consagradas neste campo. Escrita pelo jornalista Daniel Bergner, a publicação sugere que mesmo na cultura permissiva atual, a sexualidade feminina é completamente mal interpretada, tanto pelos homens quanto pelas próprias mulheres. Com informações do site do jornal britânico Daily Mail.

Com o título What Women Want: Adventures in the Science of Female Desire (em tradução livre, Do que as mulheres gostam: aventuras na ciência do desejo feminino), o livro mostra que as pesquisas na área do desejo feminino vêm sendo moldadas por estereótipos. O autor também afirma que estes mesmos estereótipos podem ter reprimido e até remodelado o desejo feminino e suas vidas sexuais.  

A publicação começou como um artigo na revista New York Times, em 2009, que dizia que o desejo sexual da mulher é tão forte quanto o do homem. Além disso, ele afirmava que a pesquisa, tanto com humanos quanto animais, estava cega quanto as evidências sobre a luxúria entre o sexo feminino. Em resumo, ele descobriu que a sexualidade feminina corresponde a tudo o que se fala a respeito da sexualidade masculina.

De um modo geral, a sociedade atribui à mulher – biologicamente mais propensa à monogamia – o desejo sexual baseado no amor romântico, “pouco mais do que um conto de fadas”, descreve Bergner. “As mulheres supostamente são mais cuidadoras, defensoras, seres sexuais mais adaptáveis à fidelidade”.

Ele acredita que as ideias de que mulher é um ser passivo e de que homens são os que dão o primeiro passo quando assunto é sexo também não passam de mitos, tanto no reino animal quanto entre os humanos. Ele cita o caso da macaca Dirdrah, que foi observada insistentemente perseguindo seu objeto de desejo. Ele reforça que, por décadas, apesar das evidências, cientistas colocaram o homem como dominador e a mulher como uma “quase indiferente receptora”. “A força da cultura coloca algum nível de vergonha sobre a sexualidade das mulheres”, pontua.

Estudos reforçam esta tese, mostrando disparidades entre a mente feminina e masculina quando no quesito sexualidade. Um estudo feito por Meredith Chivers mostrou a homens e mulheres uma série de vídeos para notar as reações físicas e mentais. Os resultados mostraram homens mais excitados do que as mulheres, o que para Chivers aponta que visualmente elas não são tão facilmente estimuláveis. O livro de Bergner, por outro lado, traz um outro ponto de vista sobre a sexualidade feminina. O autor  afirma que, a partir destes conceitos, os homens podem passar a se preocupar menos com eles mesmo e mais com a forma como as mulheres lidam com o tema monogomia.

Fonte: Terra
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