Descubra os nomes mais comuns entre os diretores de empresas
- Juliana Crem
Ao nos apresentarmos diante de um desconhecido, a primeira coisa que dizemos é nosso nome. A escolha de como vamos nos chamar é tão importante que o site de relacionamentos corporativos LinkedIn realizou uma pesquisa para descobrir quais são os nomes mais populares entre os CEOs (Chief Executive Officer, ou, diretores executivos) e descobriu que algumas carreiras requerem nomes específicos, com mais ou menos letras, para facilitar a comunicação entre as partes envolvidas. O nome é algo que nos acompanha por toda a vida e "é muito relacionado à imagem", frisou Ercília Vianna, gerente de projetos do Grupo Foco, empresa de Recursos Humanos da capital paulista, sintetizando a importância do nome na vida e na carreira de qualquer pessoa. "É como uma música, tanto que há pessoas que dizem que o nome é o nosso mantra. Ele é nosso cartão de visitas e faz parte da formação da nossa identidade", declarou a psicóloga Blenda Marcelletti, da capital paulista.
Muitos pais, na hora de determinar a denominação de seus filhos, optam por nomes compostos, estrangeiros ou até mesmo enfeitados com letras duplas ou pouco usadas na nossa língua, como w, y e k. "A escolha do nome é algo muito particular e peculiar, pois é algo que levamos pelo resto da vida e que não escolhemos!", frisou a psicóloga. Ercília lembrou ainda que nomes compostos costumam ser difíceis de serem lembrados e, por isso, quem quer criar uma marca forte com seu nome, deve usar um "nome de guerra": "sou um exemplo, porque tenho um nome e três sobrenomes. Ficava difícil a memorização, então optei por usar sempre o primeiro e o último até mesmo nas redes sociais", contou. Por isso, segundo a pesquisa do LinkedIn, vendedores geralmente têm nomes curtos, para facilitar que seus clientes lembrem-se dele. Quando questionada se estes nomes poderiam prejudicar a trilha profissional, a gerente do Grupo Foco foi enfática ao dizer que não, "pois seria até preconceito!", mas destacou que às vezes um nome muito diferente gera constrangimentos ao candidato quando participa de processos seletivos, dinâmicas etc.
"Não é um segredo que as pessoas associam frequentemente seus nomes aos seus cargos, à empresa em que trabalham ou até mesmo ao seu grau de instrução, de forma a definir a si próprias e suas marcas profissionais", disse Monica Rogati, cientista sênior de dados do site de relacionamentos corporativos LinkedIn. "O interessante nos dados encontrados é que fomos capazes de descobrir uma correlação entre o nome de um profissional e seu setor ou área de atuação", disse sobre uma pesquisa realizada pela empresa sobre nomes e cargos.
Cuidado na escolha
"A escolha de nome vem acompanhada de expectativas, fantasias e projetos dos pais em relação ao seu bebê. Antigamente esta decisão era baseada na religião, família, política, entre outros, na intenção de perpetuar uma tradição ou ter proteção. É preciso cuidado com a originalidade na hora de definir o nome da criança para não criar situações embaraçosas com a dificuldade da escrita e da fonética, até porque, dependendo do grau de criatividade, o nome poderá atrair ou afastar pessoas", lembrou Blenda, que falou que os pais podem criar expectativas em relação à carreira da criança quando escolhe copiar o nome de um familiar de sucesso ou de algum artista.
A psicóloga propôs aos pais que, ainda durante a gestação, pronunciem o nome que escolheram para batizar a criança para criar intimidade e identidade com ele: "mas não acho que essa escolha seja decisiva na carreira de alguém".
Diferente da opinião da profissional brasileira, Orlo Strunk Jr., cientista da West Virginia Weslevan College (EUA) realizou um estudo comparando o primeiro nome com a autoimagem de voluntários e concluiu que há uma tendência persistente de indivíduos que não gostam do seu primeiro nome de terem atitudes negativas em relação a si. Assim, se prejudica a estima, também pode atrapalhar a carreira do indivíduo, por deixá-lo sempre com uma autoimagem ruim.
O assunto é tão sério que a empresa Sinrod Marketing Group's Information entrevistou 100 mil pais, em 1998, para que eles escolhessem nomes que acreditassem estar ligados a características como inteligência, liderança, porte atlético ou atratividade. O resultado foi tão interessante que rendeu o livro Baby Name Survey Book (indisponível em português), que mostra como essa associação é feita.
A pesquisa do LinkedIn
O estudo realizado pelo site para mensurar o quanto o nome pode estar relacionado à posição que o cidadão atinge na profissão concluiu que "nos Estados Unidos, os CEOs (sigla para Chief Executive Office, ou diretor executivo) têm nomes com até quatro letras, como Jack e Fred", informava a pesquisa. Não há estudos específicos para os profissionais brasileiros, mas o site se baseou em seu banco de dados para destacar, entre os homens, os nomes mais comuns entre os diretores executivos:
1. Roberto
2. Antonio
3. Eduardo
4. Sergio
5. Carlos
Segundo a pesquisa, em alguns países é comum usar abreviações do nome para soar mais profissional. Os nomes de até quatro letras são os preferidos dos vendedores, enquanto os engenheiros costumam ter nomes de até seis letras e aqueles que trabalham com alimentação, como restauranteurs e chefs, contam com nomes mais longos.
Os nomes dos CEOs
Nos Estados Unidos, os nomes de CEOs mais comuns, segundo a pesquisa, são:
1. Peter
2. Bob
3. Jack
4. Bruce
5. Fred
Para elas, são:
1. Deborah
2. Sally
3. Debra
4. Cynthia
5. Carolyn
A agência Associated Press informou os nomes mais comuns para batizar os filhos nos Estados Unidos no ano passado:
1.Isabella
2.Sophia
3.Emma
4.Olivia
5.Ava
Entre eles:
1. Jacob
2. Ethan
3. Michael
4. Jayden
5. William
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