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Componente genético ligado ao Alzheimer é descoberto; saiba mais

Descoberta surge de estudo feito por pesquisadores do Grupo de Neurobiologia e Demência do Instituto de Pesquisa Sant Pau, em Barcelona

13 mai 2024 - 14h27
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Um estudo conduzido por pesquisadores do Grupo de Neurobiologia e Demência do Instituto de Pesquisa Sant Pau, em Barcelona, Espanha, apresenta descobertas relacionadas ao desenvolvimento do Alzheimer. A pesquisa foi bastante abrangente. Analisou, inicialmente, mais de 10 mil amostras de pacientes em toda a Europa, juntamente com aproximadamente 3.300 estudos cerebrais e, como resultado, identificou uma ligação crucial com o gene Apoe4.

ovas descobertas sobre o componente genético do Alzheimer
ovas descobertas sobre o componente genético do Alzheimer
Foto: Canva / Bons Fluidos

Os resultados revelaram que 95% dos adultos homozigotos, ou seja, aqueles que possuem pares idênticos do gene, com 65 anos ou mais e diagnosticados com a doença, carregavam duas cópias do gene Apoe4. Além disso, em 75% dos casos analisados com exames de PET-amiloide, usados para detectar placas de proteína beta-amiloide associadas à condição, também foram encontradas as variantes genéticas.

Estudo sobre Alzheimer

Publicado na revista Nature Medicine, o estudo ressalta que cerca de 2% a 3% da população mundial carrega essa predisposição genética. Anteriormente, a presença deste gene era reconhecida como um fator de risco para o desenvolvimento do Alzheimer. No entanto, a descoberta de que a presença de duas cópias do gene indica não apenas um risco aumentado, mas também um desenvolvimento mais precoce da condição, é particularmente alarmante.

Juan Fortea, primeiro autor do estudo e diretor da Unidade de Memória do Serviço de Neurologia do Instituto Catalão, enfatizou: "Agora sabemos que quase todos os indivíduos que carregam duas cópias desse gene manifestam sintomas de Alzheimer". Esta descoberta levanta a possibilidade de que testes genéticos possam desempenhar um papel fundamental no diagnóstico precoce da doença neurodegenerativa no futuro.

"Isso significa que uma grande parcela da população, até 3%, possui uma variante que é próxima da sua versão genética hereditária que corresponde a cerca de 10% de todos os casos de Alzheimer, não apenas um fator de risco para a doença", conclui o médico.

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