SP ganha 1º estúdio de hot yoga; modalidade queima até 900 cal por aula
Desde que conquistou mais adeptos - inclusive famosos -, a ioga ganhou diversas variações e uma das mais recentes é a Hot Yoga. A modalidade consiste em praticar a Hatha Yoga em uma sala aquecida, com temperaturas que variam entre 37ºC e 40ºC e umidade entre 40% e 70%. Para quem quer experimentar, a boa notícia é que São Paulo acaba de ganhar o primeiro estúdio exclusivo para a prática da Hot Yoga. Inaugurado pelo casal Julien Brierre e Andrea Wellbaum, o local, que leva o nome da modalidade, está aberto desde o último dia 21 de setembro e fica na Vila Madalena, zona oeste da capital paulista.
As aulas do Hot Yoga, que podem ter até 35 alunos por turma, ficaram lotadas nas apresentações inaugurais, o que mostra o sucesso da prática criada pelo indiano Bikram Choudhury, na década de 1970. O método, que pode queimar entre 700 e 900 calorias por aula, é praticado por 90 minutos com uma sequência de 26 posturas, todas elas repetidas duas vezes, além de dois exercícios de respiração que abrem e fecham a aula.
Os benefícios do calor
Com dois estúdios no Rio de Janeiro e um em Florianópolis, a Hot Yoga pode ser praticada por qualquer pessoa - com exceção de mulheres grávidas e crianças com menos de 12 anos - que busque melhorar a flexibilidade, aumentar a força e perder peso. Os benefícios são diversos, a começar pela forte desintoxicação do corpo devido ao excesso de eliminação de suor.
Além disso, a alta temperatura da sala ajuda a deixar o corpo mais maleável, aumentando os benefícios da ioga e reduzindo consideravelmente as chances de lesões. “O calor relaxa os músculos e as articulações, deixa o corpo mais maleável e faz com que a pessoa consiga fazer melhor as posturas sem se machucar”, explica a única professora do studio, Andrea, que se formou com Bikram em Los Angeles.
Mesmo com a repetição intensa dos exercícios, é o calor o principal desafio da Hot Yoga. “É um desafio mental ficar numa sala quente, então a aula tem esse lado de aumentar a força de vontade e a determinação também”, afirma Andrea. Na primeira meia-hora de atividade, é normal os alunos sentirem náuseas, dores de cabeça e tonturas porque o corpo está começando a se aclimatar com o calor. Por isso, ficar sentado e bebendo água durante a aula pode ser comum e não tem problema nenhum.
De acordo com a professora, é preciso entre cinco e 10 aulas para que estes sintomas desapareçam e os resultados mais profundos comecem a ganhar força. “Existem vários estudos americanos que mostram que o corpo aclimatado ao calor funciona de uma forma mais eficiente, consome mais oxigênio, os níveis de estrese caem e tem uma performance bem melhor”, explica Andrea.
A professora ressalta ainda que a aula é um bom termômetro para conhecimento do corpo, já que é a pessoa que define quantas vezes por semana consegue fazer a série de exercícios e, mais que isso, precisa aprender a “ouvir o próprio corpo e observar as reações ao calor”. Para evitar que os efeitos do calor sejam sentidos além da conta é preciso prestar atenção a alguns cuidados, como: ir para a aula hidratado, levar uma garrafa de, no mínimo, um litro de água para a sala, se hidratar ao longo dos 90 minutos e comer alimentos que dão energia cerca de duas horas antes. Alunos com hipertensão, lesões ou doenças crônicas devem avisar ao professor quais limitações possuem para que os movimentos sejam ajustados.