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Afastamentos por problemas mentais acendem alerta; saiba como cuidar do emocional

O Ministério da Previdência Social aponta que, no ano passado, um trabalhador foi afastado do serviço por questões psicológicas a cada minuto

22 ago 2025 - 13h39
(atualizado às 14h03)
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A falta de cuidados com o emocional — seja por pouco tempo, conhecimento ou recursos —, quando associada ao estresse do dia a dia no trabalho, aumenta o risco de transtornos mentais, como ansiedade, depressão ou burnout. Esses distúrbios, que por vezes afetam o psicológico a ponto de se tornarem debilitantes, estão cada vez mais presentes na sociedade atual. É o que indicam os dados do Ministério da Previdência Social. 

O Ministério da Previdência Social aponta que, no ano passado, um trabalhador foi afastado do serviço por questões mentais a cada minuto
O Ministério da Previdência Social aponta que, no ano passado, um trabalhador foi afastado do serviço por questões mentais a cada minuto
Foto: Pexels/ANTONI SHKRABA / Bons Fluidos

De acordo com o órgão, no ano passado, um trabalhador foi afastado do serviço por questões mentais a cada minuto. Assim, por dia, ocorriam cerca de 1.205 afastamentos. No final de 2024, então, o número total chegou a 440 mil casos. O poder público aponta que, em comparação com 2023, houve um crescimento de ao menos 67%.

O levantamento revelou ainda quais foram os diagnósticos mais recorrentes. Entre estavam, em primeiro, os transtornos de ansiedade (141.414 casos), que registraram uma alta superior a 400% na última década. Em seguida, apareceram os episódios depressivos (113.604), bem como o distúrbio afetivo bipolar (51.314) e outras questões responsáveis por desencadear o estresse grave.

A relação entre o profissional e os problemas mentais

Mas, afinal, como o trabalho pode influenciar o desenvolvimento de doenças psicológicas? Segundo o especialista em neurociências Flávio Nunes, muitas vezes, o campo profissional é visto como uma parte positiva da vida, que proporciona o sentimento de realização. Entretanto, o cenário muda quando o ofício começa a gerar sobrecarga.

"Ao virar um peso, passa a contribuir de forma negativa para a saúde mental. Falta de pausas, metas inalcançáveis e jornadas prolongadas são gatilhos importantes de serem observados e podem evoluir para, por exemplo, um burnout", explica.

E os impactos sobre o emocional se intensificam ainda mais quando o trabalho passa a se misturar e ganha espaço até mesmo no âmbito pessoal. "Vivemos uma era em que o celular tornou o serviço onipresente. Essa ausência de fronteiras mantém o cérebro em alerta constante, elevando níveis de cortisol e aumentando risco de adoecimento psíquico", esclarece.

Passos para preservar a saúde emocional

Por isso, a principal recomendação de especialistas é impor limites entre o ofício e a vida privada, evitando resolver demandas que não prioritárias após o expediente. Uma dica é desligar o celular corporativo durante as folgas. Dessa forma, será possível equilibrar o cotidiano.

"O equilíbrio entre o trabalho e o pessoal é um conceito que se refere à capacidade de conciliar as demandas profissionais com as atividades pessoais e de lazer. É um aspecto fundamental da saúde mental, por contribuir para o bem-estar físico, psicológico e social", ressaltou a enfermeira do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Juliana Lemos Rabelo, à 'Rede Ebserh'. 

Além disso, para preservar o emocional dentro e fora do serviço, profissionais indicam praticar exercícios. Isso porque as atividades físicas estimulam a liberação dos neurotransmissores relacionados ao humor, como a serotonina e a endorfina. Você pode treinar no tempo livre ou fazer pequenas pausas durante o expediente para caminhar.

Também é importante estabelecer vínculos no local de trabalho e estar aberto a falar com superiores ou colegas nos momentos em que identificar uma pressão excessiva. Outro conselho é optar pelo auxílio de profissionais, que não somente ajudarão a compreender as questões emocionais, como darão meios para lidar com elas.

"Ter saúde mental é, sobretudo, priorizar-se como pessoa e saber lidar com as demandas diárias, gerindo as suas necessidades, por meio de uma vida mais leve, saudável e com propósito", afirma. Mirella Chagas, terapeuta ocupacional que realiza as práticas integrativas,

*Texto feito em parceria com MF Press Global

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