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6 microtendências que vão moldar o consumo em 2026

Microdoses de prazer, nostalgia e bem-estar prático são algumas

17 dez 2025 - 11h18
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Estudo da consultoria BALT mostra que o consumidor de 2026 busca menos excessos e mais significado

Um levantamento da BALT, consultoria especializada em comportamento e cultura, aponta como a falta de tempo, o desejo por significado e a busca por equilíbrio emocional estão transformando a forma como as pessoas vivem, viajam, descansam e consomem lazer.

Freepik
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Foto: Revista Malu

O consumidor de 2026 não quer mais excessos. Ele busca experiências menores, mais intencionais e emocionalmente gerenciáveis — seja no lazer, no turismo ou na forma de cuidar do corpo e da mente. "O que observamos é uma reconfiguração profunda na relação com o tempo, o prazer e a memória. As pessoas querem aproveitar, mas sem se esgotar. Por isso, trocam grandes experiências exaustivas por microdoses de prazer ao longo da rotina", explica Ana Catarina Holtz, head de pesquisa da BALT.

Confira as 6 microtendências que devem influenciar o comportamento do consumidor em 2026:

1 - Microdoses de diversão: prazer na medida certa

O lazer deixa de ser uma pausa longa e se transforma em pequenos momentos distribuídos ao longo do dia. A ideia é curtir sem exagerar — e sem comprometer a energia.

Tecnologias como jóias-fones que filtram sons em shows ou acessórios inteligentes que monitoram o nível de energia corporal são exemplos dessa busca por diversão personalizada e controlada.

"As pessoas querem viver experiências intensas, mas com gestão de impacto emocional e físico. O lazer também entrou na lógica da personalização", explica Ana Catarina.

2 - Colecionismo de memórias: viver, registrar e compartilhar

Não basta viver a experiência — ela precisa ser memorável, fotogênica e compartilhável. Cresce o desejo por histórias que possam ser registradas em fotos, diários, colagens ou até vividas por meio das experiências de outras pessoas.

Há um movimento de valorização da memória como objeto, quase como um acervo emocional. "É uma forma de viver mais histórias em menos tempo, mesmo que nem todas sejam suas", analisa a pesquisadora.

3 - Idade controlada: bem-envelhecer, não anti-envelhecer

O discurso sobre envelhecimento muda: sai o anti-aging e entra o well-aging. Em vez de combater a idade, o foco está em monitorar o corpo, manter autonomia e qualidade de vida ao longo dos anos.

Dispositivos vestíveis e tecnologias de saúde ganham espaço, junto com uma quebra de estereótipos etários. "As pessoas não querem mais que a idade defina o que podem ou não fazer", afirma Holtz.

4 - Pós-wellness: menos performance, mais vida real

O wellness deixa de ser exibicionista e passa a ser funcional. Em vez de rotinas perfeitas para as redes sociais, cresce a valorização de práticas possíveis, coletivas e integradas à vida real.

O autocuidado sai do campo estético e entra no campo da convivência, da saúde emocional e do pertencimento. "As pessoas querem cuidar de si, mas também querem estar juntas", resume a pesquisadora.

5 - Turismo como ecossistema de afetos

Viajar passa a ser menos sobre deslocamento e mais sobre experiência emocional. O turismo de 2026 valoriza calma, silêncio, reflexão e narrativas imersivas.

Retiros de silêncio, viagens literárias e experiências de desconexão programada ganham força, assim como a busca por destinos menos lotados. "É um lazer mais introspectivo, quase terapêutico", explica Holtz.

6 - Nostalgia performática: saudade de um tempo que não foi vivido

A tendência mais marcante revela um paradoxo contemporâneo: a nostalgia por épocas que muitos nunca viveram. Séries, cafés temáticos, vídeos gerados por IA e estéticas retrô criam um passado idealizado que serve como refúgio emocional.

"Não é uma lembrança real, é uma nostalgia imaginada. Criamos um passado confortável para amortecer um presente acelerado", analisa Ana Catarina.

Um consumo mais consciente — e mais humano

As microtendências apontadas pela BALT mostram que o consumidor de 2026 quer menos excesso e mais significado. Seja no lazer, no autocuidado ou nas viagens, a palavra-chave é equilíbrio. "Estamos reaprendendo a viver de forma mais simples, mesmo que isso também seja planejado. É uma tentativa de desacelerar sem sair completamente do jogo", conclui a pesquisadora.

Revista Malu Revista Malu
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