Região Sul tem alerta de ‘perigo extremo’ para chuvas intensas devido a ciclone; veja estados afetados
Ciclone extratropical avança em SC e alerta é de tempo severo para temporais em algumas regiões do país
A região Sul do Brasil enfrenta alerta de "perigo extremo" nesta terça-feira devido a um ciclone extratropical, com previsão de chuvas intensas, ventos fortes e risco de desastres em diversos estados; outras regiões podem ser indiretamente afetadas.
Santa Catarina está em alerta de “perigo extremo” para chuvas intensas nesta terça-feira, 9, por causa da formação de um ciclone extratropical. O fenômeno avança pela costa do estado e também deve atingir o Rio Grande do Sul, segundo meteorologistas, entre outros estados do Sudeste e Centro-Oeste. As informações são da Climatempo.
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Por volta das 6h30, cidades do litoral catarinense já registravam alagamentos, ruas interditadas e outros transtornos. Na segunda-feira, 8, houve destelhamentos e mais alagamentos, especialmente no Oeste.
De acordo com a Defesa Civil de SC, o risco é alto para desastres, e moradores devem ficar atentos a enxurradas e novas ocorrências. No litoral, rajadas de vento podem chegar a 70 km/h, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A tendência é de que os problemas se intensifiquem ao longo do dia. Por precaução, escolas municipais e estaduais, além da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), suspenderam as aulas.
O Inmet também emitiu alerta máximo para o litoral da Região Sul. Há risco de ventos fortes e até granizo em áreas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O aviso de “grande perigo” vale até 23h59 desta terça.
Ciclone extratropical
O ciclone extratropical deve afetar também o litoral do Rio Grande do Sul, onde a Defesa Civil emitiu um Alerta Alto para chuva intensa e ventania. A instabilidade provocada pelo sistema pode durar até o fim da semana, com chuvas volumosas, temporais isolados e rajadas fortes.
Segundo a Climatempo, o ciclone será de forte intensidade, com pressão atmosférica abaixo de 1000 hPa, podendo gerar rajadas de 90 a 120 km/h entre hoje e amanhã — especialmente no litoral e nas áreas serranas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Nesta terça, o fenômeno se desloca pela costa, aumentando as áreas de instabilidade. Na quarta-feira, 10, o ciclone deve se afastar para alto-mar, perdendo força. Mesmo assim, os ventos devem aumentar, podendo atingir 80 km/h em grande parte da região.
As áreas afetadas incluem zonas metropolitanas, centrais, norte, noroeste, sudoeste, sudeste, oeste e serranas dos três estados do Sul, como o Vale do Itajaí, a região metropolitana de Curitiba e a Grande Porto Alegre.
O ciclone também deve gerar efeitos indiretos em São Paulo.
Impactos em outros estados
De acordo com a Defesa Civil de São Paulo, imagens do satélite GOES-19 mostram o sistema de baixa pressão avançando sobre o Rio Grande do Sul nesta manhã. Ao longo do dia, ele tende a se deslocar para o oceano, onde se organiza como ciclone extratropical.
A terça-feira amanheceu chuvosa na capital paulista. Na segunda-feira, 8, já houve transtornos. A expectativa é de precipitação acompanhada de rajadas entre 60 km/h e 70 km/h, principalmente à tarde.
Segundo a Climatempo, a combinação do ciclone com a frente fria gera grandes áreas de instabilidade. Outros estados também podem ser afetados de forma indireta, como:
- Minas Gerais
- Rio de Janeiro
- Mato Grosso do Sul
Para essas regiões, porém, não há alerta vermelho do Inmet.
Recomendações da Defesa Civil
A Defesa Civil orienta a população a redobrar os cuidados durante o mau tempo. Em emergências, ligue para o 193, do Corpo de Bombeiros ou 199, da Defesa Civil. Veja a seguir as recomendações:
- Jamais atravesse ruas alagadas ou pontes submersas.
- Não dirija em locais tomados pela água.
- Evite contato com a água em alagamentos.
- Não caminhe ou pedale na orla quando as ondas atingirem a pista.
- Durante ventos fortes, procure abrigo.
- O abrigo deve ser longe de janelas, árvores, placas, postes e objetos soltos.