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Floresta urbana na Grande SP vira parque estadual; veja onde

Reserva Florestal do Morro Grande tem cerca de 10 mil hectares, tamanho equivalente a mais de 60 parques do Ibirapuera

4 nov 2025 - 17h57
(atualizado às 20h20)
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), assinou nesta terça-feira, 4, o decreto de criação do Parque Estadual do Morro Grande, localizado nos municípios de Cotia e Ibiúna, na região metropolitana. A abertura ao público está prevista para o primeiro semestre de 2026, segundo o governo do Estado.

Floresta urbana de mais de 10 mil hectares em Cotia, na grande SP, se tornou parque estadual
Floresta urbana de mais de 10 mil hectares em Cotia, na grande SP, se tornou parque estadual
Foto: Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística/Divulgação / Estadão

O anúncio foi feito durante a abertura do Summit Agenda SP+Verde, evento pré-COP do governo estadual, em parceria com a Prefeitura e a Universidade de São Paulo (USP). Também foram anunciados acordos de cooperação voltados à fiscalização ambiental e reaproveitamento de resíduos.

A área de preservação tem cerca de 10 mil hectares - sendo maior do que o Parque Estadual da Cantareira e equivalente a mais de 60 parques do Ibirapuera. Sua criação é estratégica para a segurança hídrica do Estado, por incluir a Represa da Graça, que abastece parte da Grande São Paulo e as nascentes do Rio Cotia.

"É interessante ter um parque tão exuberante, tão bonito, espremido em áreas tão densamente ocupadas, mas ali a gente vai proteger nascentes, garantir abastecimento, proteger o Rio Cotia e isso é fundamental", disse o governador no evento.

Em um cenário de escassez hídrica no Estado, o governador disse estar "super preocupado" com a dependência dos municípios paulistas do Aquífero Guarani, mencionando obras que prometem diminuir o problema.

A demanda pela criação do parque data da década de 1970, quando um movimento formado por cientistas, ambientalistas e moradores (incluindo o paisagista Burle Marx e o geógrafo Aziz Ab'Saber) barrou a instalação de um aeroporto na área florestal.

A presidente do conselho da Fundação SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota, celebrou a criação do parque como "uma grande vitória do passado e do presente, que contou com uma forte mobilização da sociedade, de organizações e movimentos locais; também um passo importante para o futuro, que vai garantir que essa importante área permaneça preservada para as próximas gerações", disse ao Estadão. Ela lembra que pessoas atuantes nesse movimento ajudaram a fundar a organização na década de 1980.

A unidade de conservação tem 87% da área coberta por mata nativa, com fauna e flora típicas da Mata Atlântica: 260 espécies de árvores, quase 200 tipos de aves e dezenas de mamíferos.

"A criação desse parque, além de simbólica, é importante porque melhora cada vez mais a gestão especializada de uma área maior do que a Cantareira", disse a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado, Natália Resende. Segundo ela, a criação do parque integra a estratégia climática do Estado.

Crise hídrica

O Estado de São Paulo enfrenta atualmente o menor patamar nos reservatórios desde a crise hídrica de 2014 e 2015, e tem adotado medidas como redução de pressão nos encanamentos de distribuição de água da região metropolitana de São Paulo.

Segundo Resende, as medidas de contingência resultaram até o momento em uma economia de mais de 25 bilhões de litros, suficiente para abastecer os municípios de Mauá, Santo André, Diadema e São Bernardo, "de forma que não tenha crise hídrica". A secretária afirmou que a situação é diferente de uma década atrás e que o Estado tem hoje "um sistema mais resiliente".

Estadão
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