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Documentário destaca importância ambiental do maior manguezal urbano do país

Filme mostra como tradição, ciência e economia circular fortalecem comunidades que vivem do mangue no Espírito Santo

12 dez 2025 - 04h59
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Resumo
Documentário Impacta Oceano: Mangue é Vida aborda a relevância cultural, ambiental e econômica dos manguezais urbanos no Espírito Santo, destacando práticas sustentáveis e a valorização das comunidades locais.
Vitória tem a maior extensão de manguezais do Espírito Santo. Projetos comunitários preservam o ecossistema único.
Vitória tem a maior extensão de manguezais do Espírito Santo. Projetos comunitários preservam o ecossistema único.
Foto: Divulgação

Um documentário sobre a importância cultural, social e ecológica da conservação marinha: esse é o enredo de Impacta Oceano: Mangue é Vida, sobre os manguezais do Espírito Santo, estado que tem o maior conjunto do ecossistema em área urbana no país.

O maior dos manguezais capixabas, em Vitória, equivale a aproximadamente 10% do território da capital, com 891 hectares. Nas florestas de mangues vivem referências para as comunidades, como as desfiadeiras de siri, ribeirinhos que produzem panelas de barro.

Além da relevância ambiental e cultural, o manguezal sustenta diretamente famílias de pescadores e marisqueiros, responsáveis pela coleta de caranguejo, siri, camarão, mexilhão e ostra, ingredientes que estão na base da gastronomia capixaba, especialmente em pratos tradicionais como a moqueca.

Gerações de ribeirinhos vivem do manguezal e são os que mais têm interesse em preservar a fonte de renda, identidade, cultura e lazer.
Gerações de ribeirinhos vivem do manguezal e são os que mais têm interesse em preservar a fonte de renda, identidade, cultura e lazer.
Foto: Divulgação

Comunidade na onda de economia circular

Um dos personagens do documentário é Iberê Sassi, que inventou um jeito de reaproveitar as cascas do sururu, molusco que vive na água salobra dos manguezais. “O resíduo é um insumo orgânico e regenerativo, capaz de devolver vida ao solo, reduzir o descarte inadequado nos manguezais e fortalecer uma cadeia circular que une meio ambiente, ciência e comunidade.”

No centro do projeto estão as marisqueiras, mulheres que consideram o mangue como extensão da própria vida. Elas participam de todas as etapas do processo — da coleta à triagem e ao beneficiamento das cascas — garantindo renda, reconhecimento e autonomia. É o caso da marisqueira Cíntia do Nascimento.

Ela é membra da Associação dos Pescadores Artesanais de Porto de Santana e Adjacências (APAPS). Cíntia conta que, antes do aproveitamento das cascas, as sobras do marisco aterravam o manguezal e causavam entupimentos nas casas dos moradores. "Aqui mesmo onde eu moro, aconteciam inundações porque o valão entupia. A água vinha lavando e levando tudo.”

Imagem do documentário Impacta Oceano: Mangue é Vida: cacas de mariscos antes de serem processadas para virarem insumo agrícola.
Imagem do documentário Impacta Oceano: Mangue é Vida: cacas de mariscos antes de serem processadas para virarem insumo agrícola.
Foto: Divulgação

Espírito Santo tem três tipos principais de mangue

O manguezal capixaba abriga três espécies principais: mangue-vermelho, mangue-branco e mangue-preto. Considerado o “berçário do mar”, esse ecossistema é essencial para a reprodução e o desenvolvimento de diversas espécies de peixes, crustáceos e aves.

O mangue vermelho, uma das espécies mais representativas, possui raízes que crescem perpendicularmente ao tronco, permitindo sua fixação em terrenos alagadiços. Dela é extraído o tanino, matéria-prima utilizada na confecção das tradicionais panelas de barro, símbolo centenário da cultura capixaba.

Entre os animais, o caranguejo é espécie mais abundante, seguido pelo sururu, além de inúmeras aves. “As histórias presentes no documentário revelam o poder transformador de iniciativas que unem pertencimento, inovação, impacto social e defesa dos ecossistemas costeiros”, afirma Amanda Albano Alves, sócia-fundadora da Bloom Ocean, que produziu o documentário.

Serviço

Estreia do documentário Impacta Oceano: Mangue é Vida

Quando: 12 de dezembro, 18h 

Local: Sesc Glória. Av. Jerônimo Monteiro, 428, Centro, Vitória (ES).

Entrada: gratuita 

Fonte: Visão do Corre
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