De causar diarreia a produzir plásticos biodegradáveis: a bactéria E. coli tem uma nova função no Japão
O novo método utiliza Escherichia coli para produzir plásticos biodegradáveis a partir de glicose; Pesquisadores acreditam que ele poderá ser implementado em larga escala assim que os gargalos forem resolvidos
O mundo está inundado de plástico. Existem microplásticos até nos testículos. E a grande maioria deles é feita de combustíveis fósseis, exacerbando nossa dependência desses recursos não renováveis. No Japão, uma equipe de bioengenheiros da Universidade de Kobe encontrou uma solução promissora.
Do PET ao PDCA
95% dos plásticos que usamos diariamente são feitos de petróleo e gás (98% se adicionarmos o carvão). Em embalagens, tecidos e até mesmo no interior de automóveis, encontramos um plástico conhecido como tereftalato de polietileno, ou PET. O objetivo é encontrar uma alternativa de alto desempenho ao PET usando fontes renováveis e biodegradáveis.
Ele existe. Chama-se ácido piridinodicarboxílico (PDCA) e é um monômero ecologicamente correto que, quando polimerizado, apresenta propriedades físicas comparáveis ou até superiores às do PET. O desafio, até agora, tem sido produzir PDCA em larga escala. Os métodos tradicionais de síntese são ineficientes e geram subprodutos indesejados.
A solução: uma bactéria
A novidade da pesquisa japonesa, publicada na revista Metabolic Engineering, é que ela utiliza o metabolismo celular da bactéria Escherichia coli para produzir PDCA a partir da glicose. Ao contrário dos métodos de bioprodução anteriores, este método permite que a bactéria assimile o nitrogênio e construa o composto do início ao fim, eliminando o problema dos subprodutos.
Embora os métodos de bioprodução existentes tenham encontrado limitações quanto à quantidade e à ...
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