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Ministro do Turismo diz que proibir açaí na COP-30 foi erro grave e edital será republicado

Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) havia publicado edital proibindo oferta de produto típico da Amazônia durante evento

16 ago 2025 - 18h54
(atualizado às 19h29)
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O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), durante participação no programa Roda Viva, da TV Cultura
O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), durante participação no programa Roda Viva, da TV Cultura
Foto: JF Diorio/Ministério do Turismo

BRASÍLIA — O ministro do Turismo, Celso Sabino, criticou a organização da COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática) por proibir a inclusão de açaí no cardápio dos restaurantes do evento e afirmou que o edital será corrigido e republicado.

Nesta semana, a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI),responsável por fazer as contratações para o evento de Belém, publicou edital com as regras para a seleção de operadores de restaurantes e quiosques que funcionarão durante a COP e determinou que os restaurantes e quiosques não poderiam ofertar o produto típico da Amazônia durante os dias do evento.

O ministro, que é de Belém, entrou na articulação com chefes de cozinha paraenses para garantir que pratos e ingredientes típicos da culinária paraense como maniçoba, açaí e Tucupi tenham espaço na COP30, segundo nota do Ministério do Turismo. Após conversar com a OEI e o secretário-geral da COP, Valter Corrêa, ele anunciou que o edital será republicado.

Em vídeo nas redes sociais, Sabino afirmou que a organização "pecou, cometeu um grave erro impedindo a entrada dos principais produtos da gastronomia paraense." De acordo com ele, o novo edital será publicado na próxima semana. "Vai ter açaí, vai ter tacacá e vai ter maniçoba na COP 30, sim."

A exclusão do açaí e de outros alimentos típicos da região Norte foi justificada pelo risco à saúde. Conforme o edital, o açaí tem "risco de contaminação por Trypanosoma cruzi [causador da doença de Chagas], se não for pasteurizado".

Segundo o Ministério da Saúde, em 2023 foram confirmados 4.560 casos de doença de Chagas no Brasil. A preparação do açaí traz risco de contágio da doença, segundo especialistas. O quadro é provocado pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Há algumas décadas, ele era transmitido primordialmente por meio da picada do inseto barbeiro. Com a urbanização, isso se tornou menos comum.

"O barbeiro pode estar no cacho do açaí. Ao ser moído, o inseto vai junto. Ou quando o preparo é feito à noite, e a luz atrai o barbeiro, que acaba saindo naquele suco que está sendo preparo", afirma Odilson Silvestre, médico cardiologista no Hospital Silvestre Santé, no Acre.

Estadão
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