COP30 impulsiona interesse por clima e reposiciona o Brasil
Interesse por temas como florestas, aquecimento global e energia limpa cresce até 822% nos últimos 45 dias, aponta Taboola
A COP30, realizada em Belém, impulsionou o interesse por temas climáticos no Brasil, reposicionando a Amazônia como eixo central de soluções sustentáveis e destacando o país na transição energética e no debate ambiental global.
A COP30, realizada em Belém, tem alterado de forma significativa a conversa pública sobre clima no Brasil. Uma análise da Taboola (Nasdaq: TBLA), plataforma global de recomendação de conteúdo, mostra que o interesse por temas ambientais cresceu de maneira expressiva nas semanas que antecederam a conferência, que reúne líderes mundiais para discutir caminhos para o futuro climático do planeta.
O estudo indica que tópicos relacionados à estrutura da cidade — como hospedagem e infraestrutura — somaram 573 mil visualizações nos últimos 90 dias, alta de 53% em relação ao período anterior. Termos ligados ao cenário institucional também registraram aumento, como “governo” (+32%), “Belém” (+48%), “ONU” (+90%) e “COP30” (+38%). Já buscas práticas como “diárias” (+218%) e “delegações” (+10%) mostram o impacto logístico e econômico do evento no país.
A realização da conferência na Amazônia é apontada como um marco. Pela primeira vez, a principal reunião climática global ocorre dentro do território que simboliza o debate ambiental. Com isso, a região deixa de ser tratada apenas como foco de preservação e passa a ocupar posição central na formulação de soluções, acordos e modelos de desenvolvimento.
“A Amazônia aparece agora como eixo de futuro. A COP30 desloca o debate das imagens de destruição para temas como inovação, energia, economia e diplomacia”, afirma José de Genova, Regional Director LATAM da Taboola.
O termo COP30 também se tornou ponto de encontro de múltiplas agendas, ampliando o interesse por conteúdos que conectam justiça climática, povos indígenas, comunidades tradicionais, economia verde e bioeconomia. Essas vozes ganham protagonismo e passam a ser percebidas como lideranças fundamentais para a construção de políticas sustentáveis.
O levantamento ainda mostra que a pauta ambiental voltou ao centro do debate institucional, reforçando o Brasil como agente ativo na transição energética e na definição de modelos de desenvolvimento sustentável. Para o ecossistema de comunicação e marcas, cresce a demanda por conteúdos com evidências, narrativas complexas e representatividade de territórios historicamente sub-representados.
“Não se trata apenas de falar sobre clima, mas de entender como as pessoas se conectam ao tema e como isso influencia decisões públicas e privadas”, completa De Genova.