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Streaming pirata fechado: debate sobre acesso e preservação de conteúdo persiste

13 nov 2025 - 06h50
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Resumo
Operação contra streaming pirata no Brasil reacende debate sobre acesso desigual a conteúdos audiovisuais, preços altos e a falta de preservação cultural em plataformas legais.
Streaming pirata fechado: debate sobre acesso e preservação de conteúdo persiste:

No início de novembro, uma grande operação coordenada pela Anatel no Brasil, em parceria com órgãos da Argentina, resultou no fechamento de vários servidores usados por serviços de streaming piratas, como o popular My Family Cinema. A ação representa mais um passo importante no combate à pirataria digital no país. Mas, ao mesmo tempo, reacende um debate crucial: por que esses serviços ilegais continuam tão populares?

O problema vai além da mera oferta de conteúdo ilegal. O Brasil conta hoje com uma infinidade de plataformas oficiais de streaming, mas, mesmo para quem tenta ser usuário exemplar, é impossível pagar por todas e, ainda assim, acessar toda a vasta produção audiovisual. Há uma enorme quantidade de filmes e séries – muitos clássicos inclusive – que simplesmente não estão disponíveis legalmente no Brasil. Isso faz com que a pirataria permaneça como a única alternativa para acessar títulos raros e obras esquecidas pelo mercado.

Outro ponto destacado é o fator financeiro: nos serviços pirateados, por um único valor o usuário tem acesso a praticamente todo o conteúdo – inclusive os clássicos que não existem em streaming oficial. Já para acessar catálogos legais, seria preciso assinar múltiplas plataformas, muitas vezes sem conseguir encontrar determinados títulos.

Porém, ao recorrer à pirataria, surgem sérios riscos: desde exposição a vírus e golpes digitais, até o fato de que produtores, artistas e empresas não recebem pelos seus direitos autorais. O debate, portanto, não é apenas legal, mas também cultural e econômico. Urge que os amantes de filmes e séries pressionem as plataformas legais por um catálogo mais amplo e pela preservação da memória audiovisual. Não basta só ter a série da semana, é preciso garantir a perpetuação do conteúdo para as novas gerações. Só assim a pirataria pode acabar – e, de preferência, com um preço mais em conta.

A discussão está aberta, e o futuro do acesso ao entretenimento depende do equilíbrio entre combate à pirataria e oferta acessível e completa aos espectadores brasileiros.

(*) Rodrigo James é jornalista, criador de conteúdo e publica semanalmente a newsletter MALA com notícias, críticas e pensatas sobre cultura pop e entretenimento.

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