PUBLICIDADE

Parabólica

Red Bull se pergunta: os motores Honda vão dar conta do recado?

Verstappen e Gasly sofrem problemas nos treinos em Barcelona e chamam mais uma vez a atenção para a confiabilidade do motor Honda/Red Bull

21 mai 2022 - 21h04
Compartilhar
Exibir comentários
Verstappen em Barcelona: Mais uma vez, o motor deixa dúvidas se aguentará a pressão
Verstappen em Barcelona: Mais uma vez, o motor deixa dúvidas se aguentará a pressão
Foto: Pirelli / Divulgação

Algum tempo atrás, escrevemos uma coluna falando da questão dos fabricantes de motores para esta temporada: Investir em desempenho ou em confiabilidade? (eis o texto aqui). Mesmo com a mudança de combustível, o nível de potência se manteve. Entretanto, vemos alguns fabricantes já chegando no limite do regulamento já na sexta etapa.

Ok, o regulamento dá mais liberdade para se modificar os motores em termos de confiabilidade. Mas a aposta em desempenho cobra sua conta. E este é o momento que faz os torcedores da Red Bull de cabelos em pé.

Quadro de quantidade de peças da Unidade de Potência previstas no Regulamento Esportivo da F1
Quadro de quantidade de peças da Unidade de Potência previstas no Regulamento Esportivo da F1
Foto: FIA / do autor

Oficialmente, os motores da Red Bull e da Alpha Tauri são de responsabilidade da novíssima divisão de motores taurina, a Red Bull Powertrains. Mas as suas instalações estão em conclusão. E a Honda acaba sendo aquela que foi sem nunca ter sido: fez o trabalho de adaptação ao novo combustível, faz a manutenção e tem os direitos intelectuais até 2025.

Desde quando os carros foram à pista, chamou a atenção o trabalho feito pelos japoneses para manutenção dos níveis de potência observados no ano passado. Principalmente a Red Bull mostrou uma velocidade muito alta. Ok, o trabalho aerodinâmico feito por Pierre Waché e Adrian Newey se mostrou refinado. Porém, a capacidade do motor chamou a atenção.

Mas da mesma forma que se mostrava potente, o motor Honda/Red Bull se mostrou com problemas sérios. Max Verstappen abandonou 2 vezes e teve pequenos problemas (não pode lutar pela pole em Barcelona por conta disso, tendo que abortar a prova), Perez também teve problemas no Bahrein e teve que fazer malabarismos em Miami para chegar. Já a Alpha Tauri foi mais problemática ainda. Podemos ver a situação no quadro a seguir:

Quadro das peças: A Alpha Tauri está no limite do regulamento, enquanto a Red Bull ainda está tranquila..
Quadro das peças: A Alpha Tauri está no limite do regulamento, enquanto a Red Bull ainda está tranquila..
Foto: FIA / do autor

Enquanto a Red Bull ainda está tranquila em relação às peças, a Alpha Tauri encontra-se totalmente “pendurada”: Pierre Gasly já usou todas as peças que tinha direito e usar qualquer item novo vai incorrer em punição. Tsunoda já usou toda a parte referente à área de combustão e geradores de energia (MGUs).

Pode dar a pensar que a equipe satélite pode estar sendo mais uma vez pela “nave mãe” para correr riscos e testar soluções para o futuro. Já foi assim em 2018 e não podemos descartar esta possibilidade. Afinal, a Honda também quer aproveitar esta “antena tecnológica” que a Red Bull lhe permite usar, tal como foi a Mugen na década de 90. Aliás, não são poucas as vozes que dizem que os japoneses pensam em uma volta oficial com o novo regulamento a partir de 2026 e a Red Bull não descarta manter a parceria...

Todo caso, pelo andar da carruagem, até agora este tem sido um ponto de atenção para os taurinos e, para uma equipe que quer retomar o título de Construtores que não vê desde 2014 e dar um bicampeão para Max Verstappen, pode colocar a perder. Como até falamos aqui, as equipes já consideram cumprir uma penalização para poder manter o nível. Mas em uma disputa que tem se caracterizado por detalhes, a Red Bull procura se cacifar para manter o seu bom momento.

Parabólica
Compartilhar
Publicidade
Publicidade