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“Queremos um GP na África em breve”, diz CEO da F1

Stefano Domenicali manifesta intenção de fazer corridas no único continente ainda ausente do calendário. E já se movimenta para isso

1 jun 2022 - 18h35
(atualizado às 18h45)
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Stefano Domenicali, o CEO da F1
Stefano Domenicali, o CEO da F1
Foto: F1.com

A Fórmula 1 atravessa um momento positivo. Sob gestão da Liberty Media, a categoria tem conseguido atrair um novo tipo público consumidor, somando ao público já tradicional do esporte. Além do novo perfil, a categoria parece, finalmente, começar a se consolidar no mercado americano, grande sonho de décadas dos organizadores.

O maior alcance significa maior interesse de patrocinadores e promotores de corridas. Isso se traduz em lucro para a Fórmula 1 e para as equipes, que tem conseguido respirar mais aliviadas, especialmente as pequenas - muito em razão do teto de gastos, também, diga-se.

Depois de alcançar esses objetivos traçados há alguns anos, quais os próximos passos da F1? O futuro da categoria foi tema de um fórum realizado durante o GP de Mônaco. O evento, organizado pela Financial Times e pela Motorsports Network, teve como destaque a participação de Stefano Domenicali, CEO da Fórmula 1.

Domenicali, quando questionado se a F1 teria interesse em aumentar ainda mais a quantidade de corridas nos Estados Unidos além das três que serão realizadas em 2023 (Texas, Miami e Las Vegas), afirmou que o foco agora é outro: “Há outras áreas do mundo que queremos ter corridas. Uma área em que queremos desenvolver é a região africana, afinal, é um campeonato mundial. Estamos trabalhando muito forte para garantir que tenhamos uma corrida na região muito em breve.”

A África é o único continente em que a Fórmula 1 não corre atualmente (exceto a quase desabitada Antártida, obviamente). Mas nem sempre foi assim. O Marrocos recebeu a categoria em 1958 e a África do Sul foi palco de um GP por 23 vezes entre os anos de 1962 e 1993. Em quatro desses anos, os seis continentes receberam a categoria. Pela declaração de Domenicali, essa é a meta novamente.

O mandatário seguiu, afirmando que ainda há outros locais onde a categoria gostaria de estar antes de pensar em se expandir ainda mais no Estados Unidos: “Há também um interesse no Extremo Oriente”, se referindo, muito provavelmente, à China, ausente desde 2020, quando teve início a pandemia de coronavírus.

Parte do público europeu tem criticado a F1 por, supostamente, abandonar suas raízes europeias em favor de outros mercados. Domenicali aproveitou a oportunidade para responder a essas opiniões: “É claro que não queremos perder interesse na Europa, porque foi onde nascemos. Vamos ficar aqui. Ouvi muitas vozes, mas isso não é verdade. A beleza da situação atual é que temos muitas opções.”

As declarações podem ser um indicativo de que o plano esteja bem encaminhado. Segundo o jornalista Michael Schmidt, do alemão Auto Motor und Sport, Domenicali irá a Joanesburgo, na África do Sul, ainda essa semana para se encontrar com promotores e patrocinadores locais. O circuito de Kyalami, nas redondezas da cidade, já recebeu a F1 por 20 vezes e é o mais cotado para um eventual retorno da Fórmula 1 à África.

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