F1 aprova novo teto e regras anti-quique a partir do GP da Bélgica
Em reunião nesta quinta, F1, FIA e equipes aprovam uma série de mudanças, incluindo teto orçamentário e a implantação das regras anti-quique
Em reunião da Comissão da F1 nesta sexta-feira em Spielberg, uma série de decisões foram tomadas para os próximos passos da categoria. Eis o detalhamento:
Teto Orçamentário
Não é de hoje que as equipes vêm pedindo um reajuste de teto orçamentário por conta do aumento da inflação na Europa (especialmente no Reino Unido). As equipes queriam a aplicação do índice atual (cerca de 8%) enquanto o regulamento previa um reajuste em caso do índice ser maior do que 3% (falamos disso aqui). No fim, foi acordado um reajuste de 3,1%. A observar que somente um time foi contra o reajuste.
Um dos fatores que deve ser levado em conta é a desvalorização da libra esterlina e do euro em relação ao dólar. Afinal, as equipes recebem em dólares e gastam em libras e euro. Como a desvalorização está na casa dos 8%, os custos acabam sendo em parte compensados. O quadro de como vai ficar é este aqui.
Diretriz Técnica anti-quique
O assunto vai dando pano para manga ainda. A implantação seria no Canadá, mas foi empurrada para a Grã-Bretanha. Em Silverstone, se falou em França. Agora, ficou acordado que a implantação será a partir do GP da Bélgica, mas que a FIA seguiria fazendo medições para refinar a versão entregue às equipes na semana passada.
Pré-Temporada
A F1 está quebrando a cabeça para a montagem do calendário de 2023. A intenção é aumentar o número de etapas e para acomodar isso, a intenção é antecipar a pré-temporada. Tradicionalmente, os testes são feitos em Barcelona. Nos últimos anos, a função tem sido dividida com Bahrein, que inicia a temporada.
A ideia é manter esta divisão. Mas a preocupação é a condição climática de Barcelona. No início do ano, a temperatura é bem baixa, o que prejudica a preparação. Não se pode esquecer de 2018, quando tivemos neve na pista atrapalhando os testes. Por isso, se prevê a possibilidade de fazer todos os trabalhos no Bahrein.
Embora a questão logística atrapalhe, os barenitas estariam dispostos a pagar a conta e deixar as equipes já onde a temporada começar. A conferir esta negociação, já que o Catar, que deve voltar ano que vem, também quer trazer isso.
Uma observação feita pelo Presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, é que deverão ter modificações nas regras de segurança na esteira do acidente de Zhou em Silverstone, que já está sob investigação da entidade. As modificações serão confirmadas na próxima reunião do Conselho Mundial Desportivo.