"Vladimir, PARE!": Trump pressiona Putin após bombardeio russo em Kiev
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta quinta-feira (24) o ataque russo a Kiev, capital da Ucrânia, e fez um apelo direto a Vladimir Putin. A ofensiva deixou ao menos 12 mortos e mais de 60 feridos, segundo autoridades locais.
"Vladimir (Putin), PARE! 5.000 soldados estão morrendo por semana. Vamos fechar o acordo de paz!", escreveu Trump. Ele também afirmou: "Eu não estou feliz com os ataques russos a Kiev. Desnecessários e em um momento ruim."
Alvo civil e caos em Kiev
O bombardeio, feito com mísseis e drones, ocorreu durante a madrugada. De acordo com o Serviço de Emergência da Ucrânia, 42 pessoas foram hospitalizadas. Há crianças entre os feridos. Os ataques atingiram quatro bairros da cidade e provocaram incêndios em edifícios residenciais.
Tymur Tkachenko, chefe da administração militar da capital, confirmou que equipes de resgate ainda buscam corpos sob os escombros. A agência Associated Press registrou o trabalho de bombeiros retirando vítimas dos destroços.
Uma fonte militar ucraniana informou à Reuters que o principal míssil usado na ofensiva seria do tipo KN-23, fabricado pela Coreia do Norte.
Zelensky interrompe viagem e volta à Ucrânia
O presidente Volodymyr Zelensky chamou o ataque de "um dos mais absurdos" da guerra. Ele afirmou que a Rússia desrespeitou o cessar-fogo aéreo no Mar Negro, firmado com os Estados Unidos em março. Após o episódio, Zelensky decidiu encurtar uma viagem oficial à África do Sul.
O Kremlin alegou que o acordo expirou e que a ofensiva visava "alvos militares e adjacentes". Segundo o governo russo, as negociações de paz com os EUA continuam.
Moradores relataram momentos de pânico. A estudante Oksana Bilozir foi atingida na cabeça durante uma explosão. "Honestamente, eu nem sei como tudo isso vai acabar, é muito assustador", disse. "Eu só acredito que se pudermos detê-los no campo de batalha, então é isso. Nenhuma diplomacia funciona aqui."
A mãe de dois filhos Anastasiia Zhuravlova, de 33 anos, se abrigou em um porão após sua casa ser atingida. "Depois disso, viemos para o abrigo porque estava assustador e perigoso em casa", afirmou.
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