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Venezuela vota políticas de Maduro em plebiscito simbólico

16 jul 2017 - 11h17
(atualizado às 14h46)
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Considerada ilegal pelo governo, consulta popular, classificada pela oposição como "maior ato de desobediência civil", acontece na sequência de três meses de protestos violentos, nos quais ao menos 93 pessoas morreram.Considerada ilegal pelo governo, consulta popular, classificada pela oposição como "maior ato de desobediência civil", acontece na sequência de três meses de protestos violentos, nos quais ao menos 93 pessoas morreram.

Os venezuelanos começaram a votar neste domingo (16/07) no plebiscito simbólico sobre o projeto de Assembleia Constituinte do presidente Nicolás Maduro. A consulta popular está sendo impulsionada pela Mesa da Unidade Democrática (MUD), coalizão de oposição a Maduro. As votações de consulta estão sendo realizadas à margem da Justiça Eleitoral e são classificadas pela MUD como um plebiscito.

A consulta popular, que por decisão da Comissão Nacional de Telecomunicações da Venezuela, não será transmitidas pelas rádios e TVs locais, decorre em 1.600 pontos de votação no país, como também em outros países.

O plebiscito, que a oposição classifica como o "maior ato de desobediência civil", acontece na sequência de três meses de protestos violentos contra o governo de Nicolás Maduro, nos quais ao menos 93 pessoas morreram.

Institutos de sondagens e opinião pública, como o Datanalisis, apontam que 70% dos venezuelanos se opõem à Assembleia Constituinte proposta por Maduro. Prevê-se, no entanto, que, por questões de segurança diante das ações dos chamados "coletivos" (grupos paramilitares fiéis ao governo), a maior participação dos quase 30 milhões de eleitoras deva acontecer em zonas de classe média e alta.

No país, as últimas horas foram marcadas por uma "calma tensa" causada pela expectativa do plebiscito, que militantes do governista Partido Socialista Unido da Venezuela dizem ser ilegal, mas que a oposição pretende usar para marcar a "hora zero", que poderá levar à greve geral antes das eleições para a Assembleia Constituinte, marcadas para 30 de julho.

Os resultados deverão ser anunciados ao longo da noite (hora local). Embora tenha sido declarado ilegal pela legenda governista, os ex-presidentes Jorge "Tuto" Quiroga (Bolívia), Laura Chinchilla (Costa Rica), Vicente Foz (México), Andrés Pastrana (Colômbia) e Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica) chegaram neste sábado a Caracas, para supervisionar o processo conduzido pela oposição venezuelana.

Neste domingo, o papa Francisco rezou na oração do Angelus pela "amada" Venezuela, que vota simbolicamente o projeto de Assembleia Constituinte de Nicolás Maduro. "Uma saudação especial dirigida à comunidade católica venezuelana na Itália, renovando a oração pelo vosso amado país", disse o pontífice na varanda do Palácio Apostólico diante de fiéis na praça de São Pedro.

CA/efe/lusa

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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