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Presidente da Microsoft afirma que caso de Gates com funcionária continuará em investigação

Satya Nadella afirmou que o caso vai seguir até que as medidas "satisfaçam a pessoa que a levantou"

21 mai 2021 - 20h03
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Depois da confirmação de um porta-voz de Bill Gates de que o empresário teve um relacionamento sexual com uma funcionária, foi a vez do atual presidente da Microsoft, Satya Nadella, comentar sobre o assunto. Segundo Nadella, a empresa tem uma cultura diferente atualmente, se comparada com 20 anos atrás, e que o caso vai continuar sendo investigado.

"A Microsoft de 2021 é muito diferente da Microsoft de 2000", disse Nadella em uma entrevista nesta sexta-feira, 21, ao canal americano CNBC. "Para mim e para todos na Microsoft, nosso foco em nossa cultura, nossa diversidade, nossa inclusão e, em particular, a experiência cotidiana de nosso pessoal é super importante, é uma grande prioridade".

A declaração surgiu depois de o jornal americano Wall Street Journal divulgar, no começo da semana, que a Microsoft contratou uma investigação interna, em 2019, para investigar o relacionamento que Gates teve com uma engenheira da empresa nos anos 2000. Na época, Bill já era casado com Melinda e atuava como presidente da companhia — o empresário deixou o cargo em 2008.

Na investigação, a diretoria sugeriu que Gates se afastasse do conselho da empresa, do qual ainda fazia parte, por conta do escândalo. O fundador da Microsoft deixou de vez a empresa em março de 2020, mas seu porta-voz afirmou que o afastamento não teve relação com o caso investigado. Gates agora enfrenta o processo de divórcio com Melinda, depois de 27 anos de casamento.

Nesta sexta-feira, Nadella ressaltou que a investigação do caso vai seguir na empresa e que preza por um ambiente em que os funcionários tenham liberdade para trabalhar.

"Qualquer pessoa pode levantar qualquer questão, mesmo uma questão de 20 anos atrás. Vamos investigá-la, tomar medidas que satisfaçam a pessoa que a levantou; não temos arbitragens forçadas", disse Nadella. "Sinto que criamos um ambiente que nos permite realmente impulsionar essa melhoria diária em nossa cultura de diversidade e inclusão, o que considero uma coisa superimportante".

O presidente da Microsoft ainda afirmou que existe uma regra desde 2006 que exige que os funcionários informem relacionamentos entre membros da empresa. "O mais importante é garantirmos que todos se sintam confortáveis ??em poder levantar quaisquer problemas que virem e podermos investigá-los totalmente", explicou Nadella.

Estadão
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