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Fósseis de enormes tubarões do Cretáceo são achados no México

Com até 10 m de comprimento, uma espécie de tubarão com dentes bastante curiosos teve os primeiros fósseis completamente articulados achados na América Central

26 abr 2024 - 20h33
(atualizado em 27/4/2024 às 13h57)
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Boa notícia para os paleontólogos: foram achados, no México, diversos fósseis de uma espécie extinta de tubarão que revelam os mistérios desses gigantes do passado, dos quais sabíamos muito pouco até agora. O gênero de peixes cartilaginosos em questão é chamado de Ptychodus, da metade final do Cretáceo (105 a 75 milhões de anos atrás).

Foto: Frederik Spindler / Canaltech

Esse gênero comportou 16 espécies de tubarão, todas com um tamanho considerável, chegando a até 10 metros e habitando todos os continentes, menos a Antártida. Os Ptychodus foram descobertos em 1729, quando seus estranhos dentes foram achados fossilizados. Desde então, poucos restos de crânio e do restante do corpo foram achados, e nenhum fóssil inteiro.

No mais recente achado, espécimes articulados completos surgiram no México, incluindo um contorno preservado do corpo de um Ptychodus, dando informações sobra para descobrirmos mais sobre os antigos tubarões.

Como viviam os tubarões antigos

O primeiro aspecto estudado do animal pré-histórico foi seu tamanho. Segundo análises dos restos, ele teria chegado a 9,7 metros de comprimento, com uma mandíbula de 1,9 metros. O maior tubarão durófago da atualidade — ou seja, que come organismos de concha dura, como corais, moluscos e caranguejos — tem apenas de 2,5 m a 3,5 m.

Um dos fósseis articulados encontrados no México, que permitiram o estudo da espécie pelos paleontólogos (Imagem: Vullo et al./Biological Sciences)
Um dos fósseis articulados encontrados no México, que permitiram o estudo da espécie pelos paleontólogos (Imagem: Vullo et al./Biological Sciences)
Foto: Canaltech

O Ptychodus foi, provavelmente, o maior dos durófagos de todos os tempos. Da família dos elasmobrânquios, mesma das arraias e rajídeos, esses tubarões nadavam muito rápido e faziam parte dos Lamniformes, mesma ordem dos tubarões-brancos (Carcharodon carcharias). Eles ocupavam um nicho na cadeia alimentar que não era conhecido nem entre os tubarões extintos e nem nos ainda vivos.

Anteriormente, se pensava que os Ptychodus rastejavam pelo fundo do mar comendo apenas invertebrados bênticos, mas agora sabemos que eles preferiam comer presas com concha dura, como amonites e tartarugas.

Isso, inclusive, pode ter sido o motivo de sua extinção — os pesquisadores propõem que, durante o Campaniano, eles competiram diretamente com os mosassauros, grandes répteis marinhos que se alimentavam das mesmas criaturas. Isso ocorreu cerca de 10 milhões de anos antes da extinção K-Pg, onde os dinossauros pereceram por conta da queda do asteroide, há 66 milhões de anos.

Fonte: Biological Sciences

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