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Pesquisadores usam drones em teste de ferramenta para combater malária

5 nov 2019 - 12h35
(atualizado às 12h57)
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Cientistas que buscam um avanço na luta contra a malária usaram drones para pulverizar campos de arroz em Zanzibar, na Tanzânia, não com pesticidas tradicionais, mas com uma substância não tóxica.

Homem demonstra efeitos da solução Aquatain na ilha de Zanzibar.
30/10/2019
REUTERS/Baz Ratner
Homem demonstra efeitos da solução Aquatain na ilha de Zanzibar. 30/10/2019 REUTERS/Baz Ratner
Foto: Reuters

Os campos são criadouros típicos do mosquito anopheles - o tipo que transmite a malária, que, segundo as Nações Unidas, mata uma criança a cada minuto e causa 75% de todas as mortes em crianças com menos de cinco anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 90% de todos os casos da doença ocorrem na África Subsaariana.

Os pesquisadores, liderados por Bart Knols, da Universidade Radboud, na Holanda, planejam colher amostras das larvas e mosquitos nos campos, antes, durante e depois da pulverização com o líquido à base de silicone, denominado Aquatain AMF, para testar seu impacto.

Malawi usou drones para mapear locais de criadouros de mosquitos, mas os pesquisadores de Zanzibar dizem que impedir que pupas e larvas se prendam à superfície da água leva a luta contra a malária a um novo patamar.

"Ao controlá-los diretamente na fonte, esperamos ter um impacto final na transmissão da malária", disse Knols.

Ele e outros pesquisadores escolheram o arquipélago de Zanzibar para o projeto piloto, em parte devido às leis progressistas sobre o uso de drones para pesquisas.

"É muito difícil andar pelos campos e aplicar os produtos químicos, então você quer ter algo que possa borrifá-los na superfície da água. Ele se espalha, faz o trabalho e é isso", disse Wolfgang Richard Mukabana, da Universidade de Nairobi, um dos pesquisadores.

Após o teste em Zanzibar, os pesquisadores pretendem publicar suas descobertas em revistas especializadas e esperam expandir a abordagem para todo o continente.

O líquido é fabricado pela empresa australiana Aquatain Products Pty, que afirma ser altamente permeável aos gases e não impede que a água seja oxigenada.

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