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Startup de saúde Zenklub recebe aporte de R$ 16,5 milhões

Com planos de investimento no segmento corporativo, o Zenklub já atende mais de 100 empresas brasileiras através do aplicativo da startup

20 mai 2020 - 18h34
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O Zenklub, startup de serviços de bem estar e saúde emocional, acaba de receber um aporte de R$ 16,5 milhões, liderado pelo fundo português Indico Capital Partners, com participação de investidores brasileiros. O aplicativo, que oferece serviços de consulta com profissionais de saúde mental e guias de meditação e exercícios, dobrou o número de parceiros e clientes durante a pandemia de coronavírus.

Com o aporte, o Zenklub, fundado pelos portugueses Rui Brandão e José Simões em 2016, mira duas frentes: o serviço corporativo no Brasil e o time de tecnologia, em Portugal. Por aqui, o investimento vai ser voltado para a expansão da assinatura oferecida diretamente para as empresas, que compram planos para que seus funcionários façam uso da plataforma.

"De certa forma, nós somos um braço a mais do departamento de recursos humanos. Há muitas coisas podem ser faladas dentro do ambiente corporativo, mas muitas outras coisas você não quer falar naquele ambiente. Estamos vendo que as empresas ganharam muita consciência do quão importante é o capital humano delas e, nessa fase de incerteza, apoiar o emocional de seus colaboradores é uma grande prioridade", explica Rui Brandão, em entrevista ao Estadão. Em Portugal, o foco vai ser no desenvolvimento de tecnologias para melhorar o serviço da plataforma.

Apesar de se concentrar nos serviços corporativos, o Zenklub também tem assinaturas simples em seu app, que permite que usuários comuns, sem vínculo com empresas, possam utilizar a plataforma. Nessa opção, alguns conteúdos podem ser acessados gratuitamente enquanto outros são cobertos pela mensalidade de R$14,90, que cobre guias de meditação, planos de acompanhamento e descontos em consultas de atendimento psicológico — cada uma sai por cerca de R$ 75 para os assinantes.

O avanço da pandemia de coronavírus no mundo também impactou o negócio do Zenklub, que percebeu um aumento tanto na aquisição de planos no app quanto no interesse de empresas. Desde o começo do ano, a startup já triplicou o seu crescimento, em relação ao ano anterior. Os planos corporativos, que antes representavam 10% do faturamento, agora já são 30% da arrecadação da startup, que atende mais de 100 empresas como Natura, Nubank, Raizen e Elo.

Esse cenário incentiva serviços digitais, observa Brandão. O caráter virtual da startup acaba se destacando, principalmente quando empresas começam a enxergar o valor da saúde emocional de seus funcionários em plena crise. "O isolamento social nos tornou muito mais conscientes da importância com os cuidados da nossa mente e de que a saúde precisa ser digitalizada. Estamos vendo que é eficaz. Infelizmente, foi a pandemia que acelerou muito essa consciência da importância da questão", afirma.

Brandão afirma ainda que, em meio à crise do coronavírus, um dos maiores desafios está na personalização do atendimento, já que a necessidade emocional de cada pessoa varia. Segundo ele, a demanda do serviço já justificou a mudança do foco do setor de marketing, que explicava a necessidade do produto aos clientes, para a solução de novas formas de entregar o atendimento psicológico.

"Eu nunca imaginei que a gente ia passar de um [foco] para outro tão rápido. O grande desafio que temos, agora, é em como ajudar a personalizar a jornada de cada pessoa, como usar tecnologia e dados para entender melhor e sugerir o melhor caminho pra elas. A saúde emocional saiu da caixinha do Rivotril e passou para caixinha do bem estar".

Estadão
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