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Mercado Livre e Pitzi lançam seguro para celulares e querem popularizar serviço no Brasil

De olho no mercado de smartphones, as duas empresas esperam que o serviço de seguro possa estar entre 95% da população brasileira até 2025

29 out 2020 - 05h10
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A Pitzi, startup de seguro de celulares, anunciou na última semana que, em parceria com o Mercado Livre, está lançando planos de proteção para smartphones, pelo site do e-commerce. Segundo a empresa, a iniciativa quer oferecer formas mais acessíveis para que a popularidade do serviço cresça entre os brasileiros.

A iniciativa surgiu durante a quarentena causada pelo coronavírus, quando a Pitzi percebeu que o celular estava se consolidando como um dos principais bens pessoais utilizados pelo brasileiro. A partir de então, com a ajuda do Mercado Livre, Daniel Hatkoff, fundador da Pitzi, resolveu desenvolver uma forma de garantir mais segurança para manter o celular em uso por mais tempo.

"A gente começou a desenvolver um produto que poderia garantir que todos os clientes do Mercado Livre, que estavam comprando pelo celular, pudessem ter seu aparelho protegido. Foi um momento muito fortuito para construir um produto totalmente digital, com experiência integrada. É uma iniciativa muito grande para o mercado de tecnologia de seguro e de e-commerce", afirma Hatkoff, em entrevista ao Estadão.

Nos planos, que são assinados diretamente na conta do usuário no Mercado Livre, três opções são oferecidas ao cliente, a princípio, para o seguro de celulares: Proteção Contra Danos, Proteção de Tela e Proteção Total, um seguro que tem cobertura contra roubo, furto e quebra acidental — todos oferecidos em parceria com a seguradora Mapfre.

Os valores dependem do plano e do modelo do celular do usuário mas, em média, podem custar o equivalente entre R$ 15 e R$ 80 por mês. O seguro total para um Motorola Moto G8, por exemplo, sai por cerca de R$ 29 por mês. Já o pacote Proteção Contra Danos custa R$ 23, e o Proteção de Tela, R$ 15, todos no mesmo modelo. Se comparado com o iPhone XR, os preços são mais caros: o seguro total fica por R$ 79; Proteção Contra Danos, R$ 64; Proteção de Tela, R$ 43.

O pagamento é feito pelo Mercado Pago, plataforma financeira do Mercado Livre, que aceita opções como cartão de crédito e boleto bancário. O valor é calculado para um pacote anual, que pode ser renovado ao final da vigência. Para alguns usuários, as assinaturas de seguro já estão disponíveis, e Daniel afirma que até o final de novembro, o site já estará cobrindo 100% da demanda nacional.

A logística da assistência e reparo também é fornecida pela Pitzi, que já possui mais de 1 milhão clientes no Brasil, com pontos de assistência espalhados pelo País. A expectativa é que a bagagem do Mercado Livre também possa auxiliar na execução do serviço, que tem necessidades variadas conforme a região, afirma Hatkoff.

"O produto foi desenhado para ser acessível não só em termos de preço, mas de flexibilidade. A gente sabe que tem pessoas que moram nas capitais e tem medo de furto, mas tem pessoas que moram no interior, em lugares que não tem essa preocupação, e que também querem garantir a segurança e os reparos para seus aparelhos. São produtos diferentes para cada necessidade".

Parceria quer popularizar o seguro

A visão de Hatkoff sobre a proposta de trazer o seguro para a plataforma do Mercado Pago é ousada: segundo ele, o objetivo é que, em cinco anos, 95% da população brasileira com celular tenha contratado um serviço de seguro para o aparelho celular — hoje esse número não passa de 16%, segundo pesquisa realizada pela Mobile Time em julho deste ano.

Para isso, a Pitzi espera fazer mais parcerias para alcançar todo o País no negócio de seguros, para garantir a cobertura de proteção, logística e de popularidade do serviço.

"Ainda há um volume muito pequeno de pessoas no Brasil com seguro de celular. O produto em si é para todo mundo, e nós desenhamos para ser digital, que é o público alvo do Mercado Livre. Queremos levar o mercado brasileiro para o patamar que existe em outros países, como no Japão, mas com tempo e mais parcerias. Nós não conseguimos fazer essa transformação no mercado sozinhos, contamos muito com parceiros e outros ecossistemas", explica Hatkoff.

*É estagiária, sob supervisão do editor Bruno Capelas

Estadão
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