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Switch | Nintendo estaria impedindo consoles hackeados de acessarem rede

23 mai 2018 - 08h04
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A cada novo ciclo de consoles de videogame, a pirataria se torna mais e mais difícil - mas, como todos sabemos, ela existe. E, menos de um mês depois da revelação de que o Nintendo Switch foi desbloqueado, o que possibilitaria a execução de jogos falsificados na plataforma, a fabricante estaria tomando atitudes e banindo aparelhos de acessarem sua rede online.

Nintendo Switch
Nintendo Switch
Foto: Canaltech

Quem revelou o caso foi Max Thomas, o Shiny Quagsire, hacker que é um dos membros mais proeminentes da comunidade de especialistas no Switch e que trabalha no jailbreak do console. Em sua conta no Twitter, ele exibiu o comunicado da Nintendo sobre o assunto após tentativas de contato com o suporte para saber o que aconteceu.

O texto, claro, não comenta nada sobre consoles desbloqueados - nem mesmo cita um motivo para o banimento. O que é mais estranho, porém, é que a plataforma na qual a proibição foi aplicada nem mesmo foi hackeada, o que, para o especialista, indicaria que a Nintendo está ligando aparelhos a contas de usuários e, sendo assim, pode aplicar um bloqueio geral ao perfil em vez de impedir que apenas o dispositivo alterado, em si, acesse a rede online.

Além de proibir que Thomas acesse recursos online de games, como modos multiplayer, placares de líderes ou o download de conteúdo extra, a restrição também impede completamente o acesso à eShop. E é aqui, provavelmente, que está a maior dor, já que os proprietários de consoles desbloqueados podem perder a capacidade de adquirirem jogos digitais, muitos deles lançados para o Switch exclusivamente nesse formato.

Antes de detonar um eventual caos, porém, Thomas afirma não saber de outros afetados pelos banimentos, algo que pode, apenas, estar começando a acontecer como uma resposta ao desbloqueio do Switch. O jailbreak do console foi revelado no final de abril e publicado em toda a imprensa internacional, um primeiro passo para permitir que o videogame rode games que não foram criados especificamente para ele.

O exploit usado, inclusive, nem mesmo poderia ser corrigido com uma atualização, como normalmente acontece no mundo dos jogos eletrônicos, pois está relacionado a modificações na ROM do aparelho. Apenas uma alteração no chip central do Switch, o Tegra X1, da NVIDIA, permitiria bloquear o jailbreak, algo impossível de ser feito com um update de software.

Para a Nintendo, então, resta apenas o banimento online como forma de combater essa potencial ameaça, que ainda não permite a execução de jogos piratas, mas deixa, por exemplo, que os usuários instalem versões do Linux ou aplicativos customizados. Como sempre, o grupo responsável pela abertura, o fail0verflow (que já foi responsável por procedimentos semelhantes no PlayStation 3 e PS4) afirma que o objetivo não é fomentar a pirataria, mas sim permitir que usuários aproveitem o potencial máximo de seus aparelhos, muitas vezes limitados por softwares e travas colocadas pelas próprias fabricantes.

Homebrews semelhantes, lançados para o Wii, por exemplo, permitiam ultrapassar a barreira de região do videogame, permitindo a execução de games de outros territórios, bem como a instalação de emuladores de consoles antigos - mesmo aqueles não fabricados pela Nintendo. Além disso, é claro, o desenvolvimento adicional, feito por terceiros, levou à pirataria, o elemento que acaba motivando ações como a que estaria sendo aplicada pela "Big N" em uma tentativa de cortar o mal pela raiz.

A fabricante, porém, não se pronunciou sobre o assunto nem divulgou possíveis sanções para usuários que tenham se conectado à rede online do Switch usando consoles hackeados.

Canaltech Canaltech
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