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Para analista, recorde de vendas do iPhone X deve acontecer somente em 2018

6 out 2017 - 13h19
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A revolução, pelo menos em número de vendas, pode ter de esperar um pouco mais. Na visão do analista Ming-Chi Kuo, da consultoria asiática KGI Securities, a Apple somente deve bater recorde de vendas com o iPhone X no lançamento da segunda versão do dispositivo, que deve chegar às lojas somente no final de 2018.

iPhone X FaceID
iPhone X FaceID
Foto: Canaltech

Para a empresa, que tem um grande histórico em acertar previsões e rumores relacionados à Maçã, isso tem a ver não com a falta de interesse dos usuários, mas sim com a baixa disponibilidade de smartphones no mercado global. Os problemas de fabricação enfrentados pela Apple seriam mais sérios do que o imaginado originalmente, o que levaria ao esgotamento de smartphones e à dificuldade de se encontrar aparelhos nas prateleiras, em um processo que pode levar meses para ser concluído.

Com isso, analisa Kuo, os usuários podem ser levados a olharem para a concorrência. Com os problemas de fornecimento ultrapassando o final do ano e chegando também aos primeiros meses de 2018, a Apple também se aproximaria perigosamente do próximo ciclo de lançamentos de smartphones da concorrência, com muita gente preferindo guardar o dinheiro para adquirir um modelo do próprio ano, em vez de um do anterior que demorou para ter penetração no mercado.

O especialista afirma que o chamado "superciclo" - movimento incrivelmente acelerado nas vendas de smartphones - vai acontecer, mas não agora. Em um ano, a empresa conseguiria resolver os problemas de fabricação, chegando a um total que varia de 245 milhões a 255 milhões de unidades vendidas. Em 2017, esse número deve ser de "apenas" 210 milhões.

O grande culpado disso tudo seria o sistema de câmeras frontais, usado, principalmente, para validação biométrica por meio do FaceID. Substituta do sensor de impressões digitais no iPhone X, a tecnologia estaria exigindo sensores bastante específicos cuja fabricação estaria complicada nos fornecedores asiáticos, levando a uma entrega de componentes menor do que a esperada originalmente, resultando, também, em menos unidades prontas chegando às lojas para o lançamento, marcado para o mês que vem.

Por outro lado, quando se leva em conta a totalidade das vendas da linha de smartphones da Maçã, não há razões para se preocupar. A expectativa é que 80 milhões de iPhones sejam vendidos apenas neste último trimestre do ano, na soma entre os modelos 8, 8 Plus e X.

É um número superior ao mais recente recorde batido pela companhia, em 2014, com 74,5 milhões de aparelhos comercializados. Entretanto, há de se ponderar que esse total foi obtido apenas com o iPhone 6, em suas versões de tela tradicional e maior.

A Apple, é claro, não se pronunciou sobre nada disso. A empresa permanece calada sobre os rumores relacionados às dificuldades de fabricação em seu smartphone de topo de linha. Por enquanto, todas as datas de lançamento estão marcadas, com a fabricante aceitando pré-compras normalmente.

Canaltech Canaltech
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