Sequestro em Cobasi de SP: mulher relata 'terrível' momento de pânico
Uma mulher de 45 anos viveu momentos de pânico após ser sequestrada no estacionamento de uma loja Cobasi, na Avenida Giovanni Gronchi, zona sul de São Paulo. O crime ocorreu na tarde da última segunda-feira (10), quando ela foi abordada por dois criminosos e mantida refém por três horas.
Durante esse período, foi ameaçada de morte e forçada a realizar transferências bancárias. Um dos suspeitos foi morto em confronto com a polícia, enquanto o outro conseguiu fugir.
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Como aconteceu o sequestro?
Em áudios, Viviane descreveu os momentos de desespero. Segundo seu relato, por volta das 11h, estacionou o carro na loja, que passava por reformas. Assim que desceu do veículo, percebeu um carro escuro parado ao lado.
Ao retornar, foi surpreendida por dois homens que abriram a porta do veículo deles e a empurraram para dentro. "Eu achei que eles quisessem pegar minha bolsa. Eu comecei a gritar por socorro e me espernear. Nisso saiu o outro cara eu fui jogada no banco de trás, do carro", contou em áudios obtidos pela CNN.
Durante três horas, os sequestradores a ameaçaram e exigiram senhas bancárias. "Ele falava para mim: 'se você errar uma senha, se você mentir qualquer coisa, eu vou te meter bala na cara'".
Os criminosos ativaram o modo avião no celular da vítima, mas o aparelho permaneceu conectado ao Wi-Fi do carro. Isso permitiu que seu marido a localizasse com a ajuda da polícia. Além disso, testemunhas anotaram a placa do veículo usado no crime, um Honda Fit, e acionaram a PM.
A mulher foi resgatada sem ferimentos graves, mas apresentava escoriações nos braços e estava em estado de choque.
Confronto com a polícia
O sequestro terminou no Jardim Ângela, extremo sul da cidade. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Militar encontrou o carro dos suspeitos e tentou abordá-los. Um dos homens, de 28 anos, fez menção de sacar uma arma e foi baleado pelos policiais. Ele chegou a ser levado ao Hospital do M'Boi Mirim, mas não resistiu. A arma usada era um simulacro.
O segundo suspeito conseguiu fugir por uma viela e segue foragido. O caso foi registrado no 47º Distrito Policial (Capão Redondo) como roubo, morte decorrente de intervenção policial e legítima defesa.
A vítima descreveu o resgate como um momento de puro terror. "Quando eles fugiram, eu só escutei um barulho no teto do carro e o vidro do carro estourando e era tiro, era tiro, era tiro", relatou.
"Eu não desejo isso para o meu pior inimigo"
Emocionada, Viviane agradeceu à Polícia Militar. "À Polícia Militar, eu falo: 'parabéns'. Eles salvaram minha vida. Eu nunca vi tanta viatura na minha vida", disse chorando.
Ainda abalada, fez um alerta: "Pessoal, se cuidem porque eu não desejo isso para o meu pior inimigo. Foi terrível".
Em nota, a Cobasi lamentou o ocorrido em sua unidade Morumbi e afirmou que "forneceu subsídios que possibilitaram a rápida atuação para resolução do caso".