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Quem é María Corina Machado, que ganhou o Nobel da Paz?

O Comitê Norueguês do Nobel justificou a escolha descrevendo María Corina Machado como um dos exemplos mais marcantes de "coragem civil na América Latina em tempos recentes"

10 out 2025 - 12h44
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A líder opositora venezuelana María Corina Machado conquistou o Prêmio Nobel da Paz, um reconhecimento de sua luta incansável pela democracia no país. Em sua primeira manifestação após o anúncio, a premiada dedicou a honraria ao sofrido povo venezuelano e, surpreendentemente, ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a quem chamou de "grande aliado". Machado declarou nas redes sociais que o Nobel é um "impulso" importante para "concluir a tarefa" de restaurar a liberdade e encerrar o regime de Nicolás Maduro.

María Corina Machado
María Corina Machado
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

"Eu dedico este prêmio ao sofrimento do povo venezuelano e ao presidente Trump por seu apoio decisivo à nossa causa!", escreveu em suas redes.

O Comitê Norueguês do Nobel justificou a escolha descrevendo María Corina Machado como um dos exemplos mais marcantes de "coragem civil na América Latina em tempos recentes". O comitê destacou sua luta em defesa da democracia:

"A democracia é uma condição prévia para a paz duradoura. Quando líderes autoritários tomam o poder, é essencial reconhecer os defensores da liberdade que se erguem e resistem", destacou o comunicado.

María Corina Machado: uma voz corajosa

O prêmio reconhece o papel dela como uma força unificadora no cenário político venezuelano, conseguindo congregar grupos rivais em prol de eleições livres e do Estado de Direito. Fundadora do movimento Súmate há mais de 20 anos para fiscalizar o processo eleitoral, ela se tornou um símbolo de resistência, enfrentando perseguições e o bloqueio de sua candidatura presidencial em 2024. O Comitê ressaltou que, mesmo sob risco grave, sua decisão de permanecer na Venezuela inspirou milhões.

A entidade lembrou a grave situação venezuelana, que passou de uma democracia relativamente estável para um "Estado brutal e autoritário", marcado por extrema pobreza, a saída de mais de 8 milhões de pessoas do país e uma repressão sistemática à oposição, incluindo fraudes eleitorais e censura à imprensa. Apesar de ter sido impedida de concorrer, foi a força motriz por trás da candidatura de Edmundo González Urrutia, que teve a vitória negada pelo governo.

Ela nasceu em 1967, na Venezuela. É engenheira de formação, além de ter estudado Finanças. Iniciou a trajetória no setor privado antes de se dedicar à política. O Comitê Norueguês  destaca que ela cumpre os três critérios estabelecidos por Alfred Nobel para o prêmio: promover fraternidade entre nações, reduzir a militarização e trabalhar pela paz. Até 2024, 19 mulheres e 92 homens haviam recebido o prêmio.

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