Publicitário paulista escreve livro que resgata a memória de Telê Santana no São Paulo FC

O publicitário Felipe Morais é um torcedor apaixonado pelo São Paulo FC. Mesmo com o time em crise, ele não deixa de acompanhar os jogos e torcer por dias melhores, como os que ele viveu entre 1990 e 1996 quando Telê Santana comandou o São Paulo FC, jogando bonito e para frente, época em que via em campo Pintado, Zetti, Raí, Muller, Palhinha, Cafú, Cerezo, Leonardo... uma época em que o São Paulo ganhou mais de 30 títulos entre 2 Mundiais, 2 Libertadores, 1 Brasileiro, 2 Paulistas e diversos torneios internacionais. O São Paulo da era Telê, é, sem dúvida, a melhor época da história do São Paulo FC.

Felipe fez um trabalho de pesquisa aprofundado. Como profissional de planejamento estratégico digital, ele sabe que pesquisa e relevância são 2 temas importantes em qualquer conteúdo, por isso, para o livro, não seria diferente "contar que o Telê exigia nos treinos ou fez o Cafú treinar muitos cruzamento todos sabem. A ideia do livro é outra, é resgatar a memória do mestre, mostrar para as novas gerações como conquistamos tudo, com um olhar de torcedor e de quem esteve ao lado do mestre". Esse é um diferencial do livro, onde ao longo de 5 anos, Felipe pesquisou muito e entrevistou mais de 35 personalidades do futebol e artísticas que conviveram com Telê Santana no São Paulo FC.

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Cássio Gabus Mendes (Rede Globo), por exemplo, na época, tinha um bar em São Paulo, onde Telê ia quase que semanalmente, por ser próximo a sua casa. Cássio, era avisado pelo gerente e ia para o bar conversar com Telê sobre futebol. Contou da simplicidade do mestre, um piadista e da sua enorme paixão pelo futebol. Sr. Carlos Caboclo, homem que trouxe Telê para o São Paulo, conta no livro que o mestre não queria vir, estava infeliz com o futebol Brasileiro e com a imprensa, foram meses convencendo o mestre, até com a ajuda de sua esposa para ele vir. Pimenta, presidente da época, não acreditava que Telê viria por um salário bem abaixo da média de mercado e uma grande parte da diretoria era contra. Sr. Kalef e Sr. Homero Bellintani, que também dão seus depoimentos ao livro, eram diretor-adjunto de futebol e conselheiro, respectivamente, ajudaram a dar todo o respaldo para Telê trabalhar.

Felipe também conversou com jogadores da época, como Raí, Muller, Caio Ribeiro, Juninho Paulista, Ronaldão, Zetti e Pintado, todos comandados pelo mestre. Para eles, Felipe fazia apenas uma pergunta "conte algo que ninguém sabe sobre Telê Santana no São Paulo" e vieram histórias comoventes de como o mestre pegava no pé dos jogadores, como um pai. Caio, por exemplo, disse que Telê pegava muito no seu pé e um dia, triste, falou com Cafú que disse "se preocupe quando ele parar de fazer isso...". Felipe ainda garimpou depoimentos de Toninho Cerezo, Alemão e Leonardo, que confessou ser ele, e não Raí, o jogador preferido pelo mestre, algo que outros entrevistados confirmaram. Moraci Sant'anna, contou detalhes da preparação do São Paulo para o Japão, ele que comandou isso e não à toa, foi considerado na época o melhor preparador físico do mundo.

Felipe ainda conversou com Nasi (Ira!), Nando Reis, Andreas Kisser (Sepultura), Lima Duarte (Rede Globo) e Tony Ramos (Rede Globo), pois tricolores assumidos, conviveram muito com o grande mestre. Lima, por exemplo, era figura constante no Morumbi e em meio à crise com Pablo Forlan, técnico do São Paulo antes de Telê, chegou a falar com os diretores para trazer Telê Santana, que de pé frio não tinha nada e era um grande técnico com grandes feitos.

Da mídia esportiva, Felipe conversou com Alberto Helena Jr (Rede Gazeta) que contou sobre a história do surgimento do tricolor paulista. Falou com Milton Neves (Rádio e TV Bandeirantes), que chegou a ser ameaçado com uma faca por Telê em um restaurante em São Paulo, contou também, do seu arrependimento de ter ajudado a construir a fama de pé frio, mas das homenagens, que em vida, fez ao mestre. Paulo Calçade, André Plihal e Arnaldo Ribeiro, todos da ESPN, deram seus depoimentos, sendo Arnaldo, o mais interessante pois ele tinha um projeto de escrever sobre o mestre, mas não teve tempo, pois Telê faleceu antes dele começar a escrever. José Paulo de Andrade, que na época era conselheiro do São Paulo e Agostinho Teixeira, ambos da Rádio Bandeirantes, conviveram com o mestre e deram seus depoimentos também sobre passagens com o mestre nunca antes contadas de bastidores que a grande mídia não mostrava. Nada pejorativo ao mestre, mas coisas de bastidores que nunca foram reveladas. Agora, são.

Telê foi o grande vencedor no comando do São Paulo. As novas gerações, que tem Rogério Ceni como ídolo não viram esse time, essa geração e não entendem a fundo o que Telê Santana representou ao São Paulo, com o livro, Felipe quis resgatar esse tempo e apresentar as novas gerações o que foi aquele titulo, o que representou aquele time e a projeção que isso deu ao futebol nacional. Em 1992, a Rede Globo não transmitia a Libertadores porque não tinha apelo. O São Paulo de Telê fez o Brasil se apaixonar pela Libertadores. Telê colocou o mundo aos seus pés por 2 vezes, o que não conseguiu com a seleção, conseguiu com o São Paulo.

"O Brasil vinha de 3 Copas (82,86 e 90) frustrantes. Telê comandou o Brasil em 82 com a melhor seleção de todos os tempos e de 86. Em 90, perdemos para a Argentina. O Brasil não ganhava um mundial desde 1970 com Pelé, Tostão, Rivelino, Gerson e Cia. Era preciso ganhar. Telê fez a sua obra prima no futebol no São Paulo FC e isso precisava ser imortalizado. O Brasil voltou a ser respeitado e depois de 92 e 93, com o tricolor, em 94 a seleção se tornou campeã do mundo com Cafú, Rai, Muller, Ronaldão, Leonardo, jogadores que conquistaram o mundo com o SPFC antes" aponta Felipe Morais

O livro está chegando a sua 2a edição. É um projeto oficial e apoiado pelo São Paulo FC. São quase 380 páginas de muita história, bastidores, depoimentos exclusivos para que você, torcedor do São Paulo tenha em sua biblioteca, quase que de forma obrigatória, afinal, torcer para o São Paulo e não ter esse registro em suas mãos é um sacrilégio!

O livro está a venda nas principais lojas físicas e online do país como Saraiva, Cultura, Submarino, Amazon, Ponto Frio e também nos sites oficiais: www.livrotelesantana.com.br e www.livrotele.com.br

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