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Polícia prende suspeitos de ligação com atentado no Kuwait

Entre os detidos estão motorista de veículo que levou homem-bomba a templo xiita e dono da casa onde ele estava escondido

28 jun 2015 - 01h53
(atualizado às 07h35)
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Centenas de pessoas participaram dos funerais dos mortos no ataque terrorista no Kuwait
Centenas de pessoas participaram dos funerais dos mortos no ataque terrorista no Kuwait
Foto: J. Mohammed / Reuters

A polícia do Kuwait prendeu diversos suspeitos de ligação com o ataque suicida a uma mesquita xiita no país que deixou 27 mortos e dezenas de feridos, segundo informou neste domingo o Ministério do Interior. A agência de notícias Kuna noticiou que, ao todo, 18 pessoas foram detidas.

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Entre os presos está o motorista do veículo, de fabricação japonesa, que deixou a mesquita imediatamente após o atentado na sexta-feira, de acordo com o Ministério. Ele foi identificado como Abdul Rahman Sabah Aidan, de 26 anos, residente ilegal do país. O dono do carro havia sido levado antes pelas autoridades.

Aidan estava escondido em uma casa que, segundo investigações iniciais, pertence a um kuwaitiano "apoiador da ideias desviadas" e que também se encontra detido, afirmou o Ministério, mencionando termo geralmente usado pelas autoridades da região do Golfo para se referir a militantes extremistas da organização Al Qaeda.

O grupo Província de Najd, ramificação do "Estado Islâmico" (EI) na Arábia Saudita, assumiu a autoria do atentado. O EI identificou o homem-bomba como Abu Suleiman al-Muwahed.

As prisões foram anunciadas horas após centenas de pessoas, muitas vindas de países vizinhos, participarem dos funerais para lembrar os mortos no primeiro ataque terrorista no Kuwait em mais de 20 anos. Enfrentando temperaturas escaldantes, elas carregavam bandeiras pretas, em sinal de luto, e também do Kuwait. Muitos entoavam cantos com a mensagem "sunitas e xiitas são irmãos".

Os xiitas somam entre 15% e 30% da população do país de maioria sunita, onde membros das duas comunidades conseguem manter convívio harmonioso. Representantes do governo acreditam que o ataque tenha tido como objetivo estimular a inimizade entre os grupos sectários.

"A unidade das pessoas do nosso país é inacreditável. Se você olhar em volta vai ver sunitas e xiitas, kuwaitianos e não kuwaitianos, todos aqui para prestar as condolências aos familiares das vítimas", disse o porta-voz do Parlamento Marzouq Al-Ghanim, que participou dos funerais. Pelo menos oito corpos serão enviados a Najaf, no Iraque, local sagrado xiita.

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