Parlamento Europeu: extrema direita cresce, mas partidos de centro devem manter maioria
Na França, o presidente Emanuel Macron anunciou a convocação de eleições legislativas antecipadas: seu partido sofreu pesada derrota para a ultradireita liderada por Marine Le Pen
Os partidos do centro devem manter o controle do Parlamento Europeu mesmo com avanço da ultradireita. A votação terminou neste domingo (9), último dia das eleições para o próximo mandato de cinco anos. A projeção inicial foi fornecida pela União Europeia.
A soma do bloco formado por conservadores, liberais e sociais-democratas continuará com a maioria no Parlamento Europeu após a votação para escolher os 720 novos eurodeputados, ainda de acordo com as projeções da instituição divulgadas neste domingo. Os resultados oficiais ainda não foram divulgados.
Em toda a União Europeia, dois grupos dominantes e pró-europeus (os Democratas-Cristãos e os Socialistas) permanecem como as principais forças dominantes.
O avanço da ultradireita ocorreu à custa dos Verdes, que devem podem perder cerca de 20 assentos e cair para a sexta posição no ranking de blocos do Parlamento Europeu.
Partidos no Parlamento Europeu
O Partido Popular Europeu (PPE, de direita) continuaria como a principal força política, amealhando 181 assentos dos 720 no total. Os sociais-democratas alcançariam 135 e os liberais do Renew teriam 82. Somados, eles formariam um grande bloco de 398 assentos.
Macron dissolve o Parlamento da França
Na França, o presidente Emanuel Macron anunciou a convocação de novas eleições legislativas antecipadas. O partido dele sofreu uma pesada derrota para o partido de ultradireita liderado por Marine Le Pen.
J'ai dissous ce soir l'Assemblée nationale. Une décision grave, lourde, mais avant tout un acte de confiance en vous, mes chers compatriotes. pic.twitter.com/EFeVCDzrlb
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) June 9, 2024
Na Alemanha, projeções indicam que o apoio aos sociais-democratas de centro-esquerda de Olaf Scholz caiu para 14%, atrás da Alternativa para a Alemanha, de ultradireita, que subiu para o segundo lugar. Já nos países nórdicos (Finlândia, Suécia e Dinamarca), a esquerda triunfou, bem como em Portugal.
Na Espanha, a centro-direita saiu vencedora, derrotando o premiê Pedro Sánchez; na Itália, da primeira-ministra Georgia Meloni, seu partido de ultradireita deve obter o primeiro lugar.