PUBLICIDADE
URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Mundo

Palestinos atacam decisão de Bolsonaro sobre Jerusalém

Hamas chamou medida de 'hostil ao povo palestino', enquanto representante de Ramallah alerta para 'desestabilização regional'

2 nov 2018 - 10h14
(atualizado às 10h24)
Compartilhar
Exibir comentários

Autoridades palestinas, frequentemente divididas, se uniram para criticar de forma explícita o anúncio do presidente eleito Jair Bolsonaro, de mudar a embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém. "Trata-se de uma medida provocadora, que é ilegal diante do direito internacional e que não faz nada mais que desestabilizar a região", disse Hanane Achraoui, uma alta autoridade palestina, à agência de notícias internacionais AFP.

Jair Bolsonaro durante entrevista coletiva na Rua Visconde de Itaúna, Jardim Botânico, no Rio de Janeiro (RJ)
Jair Bolsonaro durante entrevista coletiva na Rua Visconde de Itaúna, Jardim Botânico, no Rio de Janeiro (RJ)
Foto: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS / Estadão Conteúdo

Ashrawi foi por anos porta-voz da delegação palestina nas negociações de paz e uma das principais vozes em Ramallah, além da primeira mulher a ser eleita para o Conselho Nacional Palestino. Na quinta-feira, Bolsonaro declarou ao jornal israelense Israel Hayom que planejava transferir a embaixada brasileira em Israel. Se o fizer, o Brasil se tornará o terceiro país, depois de Guatemala e dos Estados Unidos a anunciarem a medida.

Questionado, Bolsonaro disse que Israel deveria ter liberdade para escolher sua capital. "Quando me perguntaram, durante a campanha, se eu faria isso uma vez que me tornasse presidente, eu respondia que 'sim, cabe a vocês decidirem qual é a capital de Israel, não a outras nações'", declarou.

Nas redes sociais, o grupo Hamas, que está no poder em Gaza e é acusado de radicalismo, deixou claro que não vê com bons olhos a decisão do Brasil. "Rejeitamos a decisão do presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, de mover a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém e pedimos que ele abandone sua decisão", declarou o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri. Para ele, a iniciativa é um "passo hostil ao povo palestino".

Veja também

Top Político: Moro aceita convite para ser ministro da Justiça:
Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade