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Zuma é pressionado a deixar o poder na África do Sul

Líder sul-africano é pivô de uma série de casos de corrupção

5 fev 2018 - 12h29
(atualizado às 12h53)
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Jacob Zuma
Jacob Zuma
Foto: Reuters

A pressão pela renúncia do presidente da África do Sul, Jacob Zuma, de 75 anos, fez com que uma nova reunião de emergência fosse convocada hoje (5) pelo Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), partido governista local. Zuma, acusado de corrupção, tem recebido pedidos para deixar o comando da África do Sul, posto que ocupa desde 2009.

O ANC teme que os escândalos envolvendo Zuma possam prejudicar a imagem do novo líder do partido, Cyril Ramaphosa. Com a renúncia de Zuma, a legenda tem em mente antecipar as eleições nacionais para uma vitória de Ramaphosa, que substituiu Zuma na direção do próprio partido em dezembro. Ontem, membros sêniors do ANC se encontraram para discutir o possível afastamento de Zuma. As regras dentro do partido determinam que os ocupantes de cargos públicos só podem permanecer no posto se a legenda permitir.

Desde que o novo líder foi eleito, Zuma perdeu influência dentro do partido, que costuma ser o mais popular na África do Sul desde o fim do apartheid. Ramaphosa é visto como um reformista que quer afastar o presidente devido às suspeitas de corrupção que pendem sobre ele, o que tem provocado uma cisão interna.

Partidos da oposição, como o Aliança Democrática (DA) e o Combatentes pela Liberdade Econômica (EFF), também pretendem impedir que Zuma faça seu discurso sobre o Estado da Nação ao Parlamento, programado para daqui três dias. Zuma enfrenta atualmente acusações de corrupção, fraude, extorsão, lavagem de dinheiro e evasão fiscal. Ao todo, são 18 acusações formais que datam desde os anos 1990 e estão relacionadas a 783 pagamentos que teria recebido em troca de um acordo de armamento. Há ainda a possibilidade de ser aberto um inquérito num outro caso que envolve Zuma e a sua relação com a família Gupta sobre troca de favores.

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