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UE terá plano emergencial de fornecimento de gás ainda em julho

Von der Leyen alertou para novos cortes no fornecimento russo

6 jul 2022 - 08h55
(atualizado às 09h01)
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou nesta quarta-feira (6) que o bloco terá um plano emergencial para lidar com problemas no fornecimento de gás russo dentro de duas semanas.

"É importante ter uma abordagem coordenada baseada em dois pontos: verificar onde há mais necessidade de gás e como fazer com que esse gás vá para essas áreas. Em cerca de duas semanas apresentaremos esse plano. Estamos preparando esse plano porque não queremos que, em caso de emergência, haja 27 diferentes intervenções em nível nacional, como aconteceu no início da Covid", pontuou a líder do Executivo ao Parlamento.

Von der Leyen afirmou que é bom que cada Estado-membro da UE tenha seu próprio plano interno, "mas se reduzirmos a demanda de energia em alguns setores da economia, isso deve ocorrer sem obstáculos no mercado interno".

A presidente ainda acrescentou que o documento terá o ponto da "solidariedade através da rede de gasodutos" e que "gás e petróleo devem ser distribuídos onde houver mais necessidade".

No entanto, Von der Leyen alertou que os países-membros devem estar "preparados" para novos cortes no fornecimento dos combustíveis fósseis russos, como vem ocorrendo nas últimas semanas por conta das sanções contra a guerra na Ucrânia.

"Precisamos nos preparar para novas interrupções do fornecimento de gás, até mesmo uma interrupção completa do fornecimento por parte da Rússia. Hoje, ao todo, 12 Estados-membros são diretamente afetados por reduções parciais ou totais no fornecimento de gás. É evidente que [Vladimir] Putin está usando a energia como arma. Por isso, a Comissão está elaborando o plano de emergência europeu", pontuou ainda.

Von der Leyen ainda lembrou que todas as nações estão "diversificando as fontes" de fornecimento de energia com outros parceiros e "se afastando da Rússia".

"Desde março, as exportações globais de GNL para a Europa aumentaram 75% em relação a 2021. Ao mesmo tempo, a importação média mensal de gás russo teve uma forte queda de 33% na comparação com o ano passado. E estamos fazendo mais progressos, mas isso tudo funcionará só se acelerarmos a nossa transição para os renováveis. As mudanças climáticas não vão esperar o fim da guerra de Putin", acrescentou ainda.

A representante ainda rebateu as afirmações recentes de que, por conta do conflito e de questões de segurança, será necessário "atrasar a transição verde" para focar na segurança do bloco.

"É exatamente o contrário. Se não fizermos nada além de limitar combustíveis fósseis, os preços vão explodir no futuro e vão reforçar Putin. A melhor saída, mais limpa e mais segura da nossa dependência são as energias renováveis", acrescentou. .

Ansa - Brasil   
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