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Turquia mata ao menos 260 combatentes curdos e do Estado Islâmico em ofensiva na Síria

23 jan 2018 - 21h17
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A Turquia matou ao menos 260 combatentes curdos da Síria e militantes do Estado Islâmico em sua ofensiva que já dura quatro dias à região de Afrin, no noroeste da Síria, dominada por curdos, disseram os militares turcos nesta terça-feira.

Combatentes apoiados pela Turquia se posicionam perto de Mount Barsaya, nordeste de Afrin  
23/1/2018    REUTERS/Khalil Ashawi
Combatentes apoiados pela Turquia se posicionam perto de Mount Barsaya, nordeste de Afrin 23/1/2018 REUTERS/Khalil Ashawi
Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja levantar preocupações com o presidente turco, Tayipp Erdogan, em uma ligação telefônica prevista para quarta-feira sobre a ofensiva de Ancara contra as forças curdas YPG, apoiadas pelos Estados Unidos, em Afrin, disse uma autoridade sênior dos EUA.

O presidente francês, Emmanuel Macron, também demonstrou inquietação, poucas horas após o ministro do Exterior da Turquia dizer que quer evitar qualquer conflito com as forças do governo dos EUA, da Rússia ou da Síria durante sua ofensiva, mas faria o que fosse preciso pela sua segurança.

A operação aérea e terrestre abriu uma nova frente na guerra civil multilateral da Síria e poderia ameaçar os planos dos EUA de estabilizar e reconstruir uma grande área do nordeste da Síria -- para além do controle do presidente Bashal al-Assad -- onde Washington ajudou uma força dominada pelo YPG a expulsar militantes do Estado Islâmico.

Tanto os Estados Unidos quanto a Rússia têm forças militares na Síria apoiando lados opostos e fizeram apelos à contenção em parte da "Operação Ramo de Oliveira" de Ancara para destruir o YPG na região de Afrin, perto da fronteira sul da Turquia.

Uma autoridade sênior do governo Trump, que falou com repórteres sob condição de anonimato, disse que Ancara havia mandado "sinais confliantes" sobre o escopo da ofensiva.

"Nós vamos ter que ver como isso se desenvolve no solo. Mas a nossa mensagem foi unificada. Nós apreciaríamos isso e nós pedimos que eles limitem a incursão o quanto antes".

A autoridade disse que a ligação telefônica aconteceria em breve. Outra autoridade -- assim como o ministro do Exterior da Turquia -- disse que Erdogan e Trump planejavam falar na quarta-feira.

Uma nota do gabinete de Macron informou: "Levando em conta os imperativos de segurança da Turquia, o presidente expressou ao seu equivalente turco suas preocupações seguindo a intervenção militar lançada no sábado em Afrin".

Erdogan disse a Macron nesta terça-feira que a Turquia está tomando todas as medidas para evitar mortes de civis na operação Afrin, disseram fontes no palácio presidencial. Os dois líderes concordaram em manter contato próximo sobre o assunto.

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