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Tufão Kalmaegi paralisa cidades, mata mais de 90 e desafia infraestrutura urbana das Filipinas

O número de mortos provocados pelo tufão Kalmaegi nas Filipinas ultrapassou 90 nesta quarta-feira (5), segundo dados oficiais compilados pela AFP. A tempestade causou inundações de intensidade rara, arrastando veículos, caminhões e até grandes contêineres de carga. Ao menos 26 pessoas ainda seguem desaparecidas, segundo informações oficiais.

5 nov 2025 - 09h05
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O número de mortos provocados pelo tufão Kalmaegi nas Filipinas ultrapassou 90 nesta quarta-feira (5), segundo dados oficiais compilados pela AFP. A tempestade causou inundações de intensidade rara, arrastando veículos, caminhões e até grandes contêineres de carga. Ao menos 26 pessoas ainda seguem desaparecidas, segundo informações oficiais.

Morador caminha entre casas destruídas após a passagem do tufão Kalmaegi, em Talisay, na província de Cebu, nas Filipinas, em 5 de novembro de 2025.
Morador caminha entre casas destruídas após a passagem do tufão Kalmaegi, em Talisay, na província de Cebu, nas Filipinas, em 5 de novembro de 2025.
Foto: AFP - JAM STA ROSA / RFI

Cidades inteiras da província de Cebu, no centro do país, foram tomadas pelas águas na véspera. Moradores precisaram subir nos telhados para escapar da correnteza lamacenta.

Em Liloan, município da região metropolitana da capital local, foram encontrados 35 corpos, elevando o total regional para 76 vítimas, informou o porta-voz Rhon Ramos. Outras 17 mortes foram registradas em diferentes partes do país, segundo Rafaelito Alejandro, da Defesa Civil nacional.

Cerca de 400 mil pessoas foram retiradas preventivamente da rota do tufão. Na manhã desta quarta, moradores ainda limpavam as ruas tomadas pelas águas. "O rio transbordou. Foi dali que veio a enxurrada", relatou Reynaldo Vergara, de 53 anos. "Por volta das 4 ou 5 da manhã, a força da água era tão grande que ninguém conseguia sair de casa. Nunca vimos nada parecido. A corrente levou tudo da minha loja."

Kalmaegi atingiu o país pelo leste, pouco antes da meia-noite de segunda-feira (3), tocando terra na província das ilhas Dinagat. Em apenas 24 horas, a cidade de Cebu registrou 183 milímetros de chuva — bem acima da média mensal de 131 mm, segundo a meteorologista Charmagne Varilla.

A governadora da província, Pamela Baricuatro, classificou a situação como "sem precedentes". "Esperávamos ventos perigosos, mas foi a água que realmente colocou a população em risco", afirmou, chamando as inundações de "devastadoras".

Tufões afetam áreas mais pobres

Na manhã desta quarta, o tufão avançava em direção ao oeste, rumo à região turística de Palawan, com ventos de até 130 km/h e rajadas que chegavam a 180 km/h.

Todos os anos, cerca de 20 tempestades ou tufões atingem, ou se aproximam das Filipinas, afetando principalmente as áreas mais pobres.

Com Kalmaegi, o país já alcançou essa média anual, e pelo menos outros três fenômenos climáticos extremos podem ocorrer até dezembro, alertou Varilla. Em setembro, os tufões Ragasa e Bualoi também causaram mortes no arquipélago.

Cientistas apontam que o aquecimento global provocado pela ação humana torna os eventos climáticos extremos mais frequentes, letais e destrutivos.

Com AFP

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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