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Mundo

Surgem mais denúncias contra soldados sobre abusos sexuais

Denúncias que foram supostamente cometidas por soldados tanzanianos são também contra menores de idade

2 abr 2016 - 06h24
(atualizado às 12h48)
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A Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO) informou sobre novas denúncias de abusos sexuais, também contra menores de idade, supostamente cometidas por soldados tanzanianos que integram a missão.

Foto: MariaArefyeva / iStock

"Estas acusações estão sendo investigadas minuciosamente e, se tiverem fundamento, tomaremos medidas imediatas. Os supostos autores receberam a ordem de permanecerem em seu acampamento durante a investigação", afirmou a MONUSCO em comunicado divulgado na noite de sexta-feira.

As denúncias foram recebidas no último dia 23 e, imediatamente, foi montada uma equipe para investigar esses casos registrados na cidade de Mavivi, perto de Beni, no leste da República Democrática do Congo.

"Os resultados iniciais sugerem que existe evidência de relações sexuais e sexo com menores de idade. Também há várias reivindicações de paternidade", detalhou a MONUSCO.

As vítimas estão recebendo apoio médico e psicológico de algumas organizações como o Unicef, acrescentou o comunicado.

A ONU já notificou as autoridades da Tanzânia e as da República Democrática do Congo sobre essas novas denúncias de abusos sexuais.

Apenas em 2015, a ONU recebeu 69 acusações de abusos sexuais por parte dos "boinas azuis", soldados cedidos pelos países-membros para as forças de manutenção da paz, supostamente cometidos por pessoal de 21 países diferentes e, em muitos casos, contra menores.

A maior parte dos casos se concentrou em duas operações, as desdobradas na República Democrática do Congo (MONUSCO) e na República Centro-Africana (MINUSCA), onde as repetidas acusações forçaram a saída do chefe da missão e a repatriação de centenas de soldados congoleses.

A MONUSCO foi criada em 1999 e, para as Nações Unidas, continua sendo necessária para contribuir com a estabilização do país, imerso em um frágil processo de paz após a segunda guerra do Congo (1998-2003).

EFE   
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