Suprema Corte dá ao Havaí até terça-feira para responder à moção de suspensão de viagens de Trump
A Suprema Corte dos Estados Unidos pediu ao estado do Havaí que responda até o meio dia de terça-feira à moção do presidente Donald Trump para bloquear a decisão de um juiz que evitou que a suspensão de viagens seja aplicada aos avós de cidadãos norte-americanos e refugiados que já estão em processo de entrada, disse o escritório de informação pública da Corte neste sábado.
Na decisão da Corte, realizada na sexta-feira, o governo federal pediu à Justiça para reverter a decisão tomada na quinta-feira por um juiz distrital dos EUA, no Havaí, na qual limitou o escopo da suspensão temporária imposta pela administração a refugiados e viajantes de seis países de maioria muçulmana.
O mais recente conflito criado pelo decreto presidencial de Trump, emitido em 6 de março, o qual ele diz ser necessário para evitar ataques terroristas, começou quando a Suprema Corte atuou no mês passado para retomar duas suspensões que haviam sido bloqueadas por cortes inferiores.
A Suprema Corte disse naquele momento que a suspensão poderia entrar em vigor, mas que pessoas que tivessem uma "relação de boa fé" com uma pessoa ou entidade norte-americana não seriam impedidas de entrar.
O governo havia interpretado essa linguagem de forma restrita, afirmando que a interdição se aplicaria também aos avós e outros membros da família, levando o estado do Havaí a pedir ao juiz Derrick Watson, juiz distrital dos EUA baseado no Havaí, para ampliar a definição de quem seria permitido entrar.
Trump baniu a entrada de viajantes provenientes do Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen por 90 dias, e refugiados por 120 dias.